CTB: “Nem que a vaca tussa” ocupa Congonhas (SP) contra PL 4330
A CTB São Paulo ocupou o aeroporto de Congonhas, na manhã desta terça-feira (10), para chamar a atenção da população para as ameaças que rondam os direitos trabalhistas. A atividade, que ocorreu simultaneamente no Rio de Janeiro, Salvador e Brasília, é uma iniciativa da CTB e faz arte do calendário de lutas de março, que ainda incluí uma grande manifestação no dia 13 (sexta-feira).
Nem que a vaca tussa foi a palavra de ordem do ato que protestou contra o Projeto de Lei 4330, que libera a terceirização; e contra as medidas provisórias 664 e 665, que restringem o acesso a direitos, como o seguro desemprego, ao abono salarial, pensão por morte e auxílio-doença, duramente conquistados pela classe trabalhadora.
Durante o ato foi entregue à população uma Carta Aberta com o manifesto assinado pelas centrais e movimentos sociais.
“Estamos aqui para dizer que não vamos não vai aceitar qualquer ataque aos direitos da classe trabalhadora. E tanto as MPs 664 e 665, como o PL 4330, representam a supressão de direitos que levamos anos para conquistar com muita luta e suor”, afirmou Onofre Gonçalves, presidente da CTB-SP.
“O PL 4330, por exemplo, é o que tem de mais cruel para o trabalhador. Além de escancarar a terceirização, ele precariza as condições de trabalho, rebaixa os salários e deixa nas mãos dos empregadores o destino dos empregados, já tão discriminados. Lutamos por trabalho digno, por isso não aceito esse tipo de manobra orquestrado pela bancada patronal no Congresso nacional”, afirmou o dirigente.
Além da defesa dos direitos trabalhistas, o ato serviu também para reforçar a defesa da Petrobras, pela Reforma Política e pela Democracia, diante do golpe em curso que pretende promover a instabilidade política no país.
“No Brasil apenas cinco famílias dominam os meios de comunicação. E nesse momento político a grande mídia diariamente alimenta essa onda que tem se levantado daqueles que não aceitam os avanços conquistados em nosso país pela grande maioria da população. Não fazemos coro com aqueles que querem promover a desestabilização do país. Eles atacam à democracia, atacam a Petrobras, que é um patrimônio da população brasileira. Defender a Petrobrás é defender a empresa que mais investe no Brasil – mais de R$ 300 milhões por dia – e que representa 13% do PIB Nacional. É defender mais e melhores empregos e avanços tecnológicos. É defender uma Nação mais justa e igualitária. Defender a Petrobrás é defender um projeto de desenvolvimento do Brasil, com mais investimentos em saúde, educação, geração de empregos, investimentos em tecnologia e formação profissional”, ressaltou Divanilton Pereira, secretário de Políticas Internacionais da Central.
Os dirigentes também aproveitaram para convocar a população para o Dia Nacional de Lutas, que acontece nesta sexta-feira (13). “No dia 13 vamos ocupar as ruas e chamamos toda a população para acompanhar esse movimento em defesa da Petrobras, que é um patrimônio nacional e importante para a economia do país. Hoje, ela é alvo da direita golpista, que pretende abrir seu capital para a exploração das multinacionais. Não podemos permitir”, defendeu Pascoal Carneiro, secretário de Previdência, Aposentados e Pensionistas .
Intitulado Dia Nacional de Lutas, no dia 13 de março, convocados pelas Centrais Sindicais e movimentos sociais, trabalhadores e trabalhadoras vão novamente ocupar as ruas em todo o país.
A manifestação nacional será realizada em diversas capitais brasileira em defesa dos direitos trabalhistas, da Petrobras, da Democracia e contra qualquer tipo de retrocesso.
Em São Paulo, a concentração será às 16 horas, na Avenida Paulista, 901, em frente ao prédio da Petrobras. “Essa jornada requer uma ampla mobilização para derrotarmos o golpismo e retomarmos a contraofensiva política contra a direita. Dia 13, vamos ganhar ruas, praças e avenidas em defesa da Petrobras, da indústria nacional e de uma reforma política democrática”, defendeu o presidente estadual da CTB.
