“Debater novo modelo sindical brasileiro”, defende Nivaldo Santana
“O sindicalista classista precisa ser politizado; ocupar espaços de poder”, entende Santana. “Precisa luta para eleger novo governo, eleger parlamentares orgânicos”, compreende o dirigente político
Ao se posicionar sobre o atual estágio da organização sindical brasileira, o secretário Sindical do PCdoB (Partido Comunista do Brasil), Nivaldo Santana, defende que é necessário “debater novo modelo sindical” no País.
Santana participou, na tarde desta segunda-feira (2), do programa Contee Conta, que debateu sobre os “desafios para a classe trabalhadora” neste contexto de profunda crise política, econômica, social e ético-moral da sociedade brasileira.
Sob a mediação da jornalista Táscia Souza, Santana trocou ideias com o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, sobre os resultados da Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora), realizada dia 7 de abril, em São Paulo.
Há uma pauta em disputa, a trabalhista, e Reis indagou, então, a Nivaldo Santana “como vamos mobilizar os trabalhadores para inseri-los na luta política” em curso. Ele se referiu às eleições de outubro e à luta em defesa dos direitos sociais e trabalhistas destruídos sob os governos Temer (2016-2018) e Bolsonaro (2019-2022).
“O sindicalista classista precisa ser politizado; ocupar espaços de poder”, respondeu Santana. “Precisa luta para eleger novo governo, eleger parlamentares orgânicos”, isto é, vinculados à agenda dos trabalhadores.
“Precisa desempenhar papel importante nas eleições”; “jogar pesado” na disputa eleitoral, explicou Nivaldo Santana, a fim de “construir nova maioria política em nosso País”.
Sobre o documento aprovado na Conclat no início do mês de abril, o coordenador-geral da Contee entende que é preciso elaborar síntese desse texto, com propósito de dar-lhe ampla e geral divulgação.
Nivaldo Santana tem credenciais de longa jornada político-sindical. Ele é secretário Sindical Nacional, membro do Comitê Central e da Comissão Política Nacional do PCdoB. Foi deputado estadual, dirigente da CUT e, atualmente, é secretário de Relações Internacionais da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).
Assista a íntegra do programa:
Marcos Verlaine