Decotelli, novo ministro da Educação, é acusado de plágio em mestrado na FGV por professor do Insper
O novo ministro da Educação também foi desmentido sobre seu suposto doutorado pelo reitor da Universidade em Rosário, na Argentina
O novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, enfrenta uma acusação de plágio em sua dissertação de mestrado defendida em 2008 pela FGV. O professor do Insper, Thomas Conti, apontou em sua conta do Twitter, neste sábado (27), vários trechos do trabalho de Decotelli similares aos de um documento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) do Banrisul.
“Tinha tanta coisa parecida entre esse relatório da CVM e a dissertação que eu desisti de achar as partes iguais na mão e joguei em um software de detecção de plágio. Mais de 10% da dissertação de mestrado é cópia idêntica ao relatório da CVM. 4.200 palavras”, aponta Conti.
“Como são muitos trechos idênticos, busquei se ele poderia ter trabalhado na elaboração do relatório que consta na CVM. Mas aparentemente não. Segundo CV do Decotelli, ele foi professor no Banrisul de 2004 a 2005. O registro na CVM é de 13/02/2008 e não há menção a ele”, diz Conti.
Doutorado desmentido
Depois de desmentir publicamente o presidente Jair Bolsonaro sobre um suposto doutorado do novo ministro da Educação, Carlos Alberto Decotelli, o reitor da Universidade Nacional de Rosário, na Argentina, esclareceu à coluna de Mônica Bergamo que o titular do MEC não só não tem doutorado na instituição como reprovou no curso.
“Ele [Decotelli] cursou o doutorado, mas não finalizou, portanto não completou os requisitos exigidos para obter a titulação de doutor na Universidade Nacional de Rosario”, disse Franco Bartolacci, informando ainda que Decotelli teve sua tese de doutorado reprovada.
“Ela foi avaliada negativamente pelo jurado constituído para tal efeito [avaliar o trabalho]”, completou.