Desemprego e pandemia inibiram movimento grevista em 2020

Levantamento realizado pelo Dieese constatou queda de 42% no número de greves realizados no ano passado em relação às 1.118 paralisações registradas em 2019. O recrudescimento do movimento grevista está associado ao aumento do desemprego e à pandemia do novo coronavírus, que tornou mais adverso o cenário das negociações coletivas e mobilização classista.

Outro sinal das dificuldades enfrentadas pelas categorias profissionais é o fato de que 89% das paralisações de 2020 incluíam questões de caráter defensivo na pauta. Reivindicações de pagamentos de salários, férias e 13º em atraso foram as mais frequentes.

Os dados analisados foram extraídos do Sistema de Acompanhamento de Greves (SAGDieese), que reúne informações sobre as paralisações realizadas pelos trabalhadores brasileiros desde 1978 e conta, atualmente, com mais de 40 mil registros. As informações do SAGDieese são obtidas por meio de notícias veiculadas em jornais impressos e eletrônicos da grande mídia e da imprensa sindical.

Em 2020, o SAG-Dieese registrou 649 greves. Os trabalhadores da esfera privada promoveram um número de paralisações bem maior (417 registros) que os da esfera pública (231 registros).

Em relação à quantidade de horas paradas, que equivale à soma das horas de cada greve, as mobilizações dos trabalhadores da esfera privada também superaram aquelas da esfera pública, com uma diferença menor, no entanto: em termos proporcionais, 56% das horas paradas nas greves de 2020 corresponderam a paralisações na esfera privada e 44% na esfera pública.

Veja a íntegra do balanço das greves

CTB

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