Dia 11: marcha contra a precarização do trabalho e ameaças à democracia
Em reunião na manhã da terça-feira, 8 de dezembro, em Porto Alegre, dirigentes da Central Única dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT/RS), de federações e de sindicais filiados avaliaram a gravidade da circunstância vivida pela sociedade brasileira, em especial, pelos trabalhadores, face a abertura, na última semana, do processo de impeachment da presidenta da República.
O movimento sindical, comprometido com o interesse dos trabalhadores, reitera seu compromisso com a democracia, ameaçada pela iniciativa dessa proposição, e identifica nos seus protagonistas os mesmos que, sistematicamente, no parlamento e na opinião pública, defendem a flexibilização e a redução de direitos dos trabalhadores, como a terceirização da atividade-fim das empresas; bem como os retrocessos na legislação social, a exemplo da redução da maioridade penal e da revisão do estatuto do desarmamento.
Os dirigentes sindicais decidiram intensificar a mobilização social contra o retrocesso, alertando as respectivas categorias profissionais para os riscos da ofensiva conservadora.
Marcha dos Sem
Em Porto Alegre, está prevista a realização da Marcha dos Sem no próximo dia 11 de dezembro, sexta-feira, com concentração às 14h, na Rótula das Cuias (atrás do Centro Administrativo do Estado). A caminhada seguirá pelas ruas da capital até o Palácio Piratini. O slogan da Marcha deste ano é Em defesa da democracia, contra o ajuste fiscal, contra qualquer retrocesso e por mais direitos.
Organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) desde 1996, a Marcha tem como principal objetivo mobilizar a classe trabalhadora e os movimentos sociais para enfrentar o modelo neoliberal, que tem trazido exclusões e aprofundado as desigualdades de acesso e oportunidades, aumentando a violência e a precarização do trabalho.
O Sinpro/RS, integrado neste processo, convida todos os professores a participarem desta mobilização e das atividades que no próximo período marcarão a luta dos trabalhadores contra as ameaças à democracia brasileira e a precarização das condições de trabalho.
Do Sinpro/RS