Dia de luta pela Petrobras: refinarias amanhecem com protestos contra a venda da empresa

O governo havia determinado que esta segunda-feira (18) era a data limite para a seleção de empresas interessadas em comprar 60% da participação da Petrobras nas refinarias.

Em protesto contra esta decisão, a data foi transformada em um Dia Nacional de Luta em defesa da Petrobras e atos e mobilizações ocorreram no início da manhã em pelo menos 4 refinarias.

No início da tarde, o governo anunciou a ampliação do prazo para avaliação dos potenciais compradores até o dia 2 de julho.

Como alertou o vice-presidente da CTB Divanilton Pereira, que também é dirigente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), depois de quebrar o monopólio da Petrobras na produção, o alvo agora é o refino:

“E para isso, o governo já tomou providências: 4 refinarias foram colocadas à venda (PR, PE, BA, RS), o preço dos derivados foi dolarizado para atrair grandes empresas e foi reduzida a capacidade de refino no Brasil, com refinarias operando com 66% de sua capacidade”, afirma.

Os protestos ocorreram na Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná, e em Santa Catarina.

No final de abril deste ano, a Petrobras colocou à venda dois grupos de ativos no refino, um no nordeste com 2 refinarias (RLAM e Abreu e Lima), 770 km de oleodutos e 5 terminais, e outro no Sul, com outras 2 refinarias (REFAP e REPAR), 736 km de oleodutos e 7 terminais.

Audiência pública

Nesta quarta (20), haverá em Brasília, na Câmara dos Deputados, o lançamento de uma frente parlamentar em defesa das refinarias e da Petrobras. O movimento busca barrar a tramitação de um projeto do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), que autoriza a Petrobras a vender até 70% da sua participação nos campos de pré-sal, o que hoje não é permitido.

Portal CTB com agências

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