Dia Mundial da Alfabetização: A educação básica transforma o presente e direciona o futuro

Hoje, 8 de setembro, comemoramos o Dia Mundial da Alfabetização. A data foi instituída em 1966 pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e celebrada pela primeira vez em 1967. A ideia veio à tona com a finalidade de destacar a importância da alfabetização e promover a educação como um direito fundamental.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) defende a boa educação básica como alicerce indispensável ao combate das desigualdades. “O contato com as primeiras letras influencia toda formação do estudante e impacta no futuro. Os indicadores mostram que as pessoas bem alfabetizadas têm maiores chances de ingressar no mercado de trabalho e alcançar os melhores ganhos salariais”, enfatiza a entidade.

“O momento é oportuno para refletirmos sobre os avanços conquistados, os desafios do caminho e a necessidade de reforçar as políticas públicas existentes, bem como de viabilizar novas ações, mais recursos para garantir que todos tenham acesso à educação básica”, acrescenta.

Confira o vídeo que a Confederação Sindical da Educação dos Países de Língua Portuguesa CPLP-SE produziu para enaltecer o processo de alfabetização. A Coordenadora da Secretaria de Relações Internacionais da Contee, Cristina Castro, é membro da Comissão Executiva da CPLP-SE, e disse:

“Aqui para a Contee Brasil o A significa a atenção que devemos ter com políticas públicas que assegurem à alfabetização, o B significa a bagagem que cada pessoa traz ao ser alfabetizada e o C significa o compromisso que nós educadores temos que ter com essa fase da alfabetização”.

A CAMINHADA CONTINUA

Embora tenhamos tido progressos consideráveis, ainda há muito a ser feito para eliminar as barreiras à alfabetização e assegurar que ninguém fique para trás. De acordo com dados divulgados pela Unesco, em 2019, apesar dos avanços ao longo dos anos, cerca de 773 milhões de adultos em todo o mundo ainda não dominam as competências básicas em escrita e leitura.

A pandemia de COVID-19 exacerbou as discrepâncias educacionais. O fechamento de escolas e a falta de acesso a tecnologias digitais têm afetado gravemente a aprendizagem em diversas regiões, especialmente nas áreas mais pobres e remotas.

No Brasil com os programas de acesso à educação básica e planos de alfabetização aplicados, as taxas de analfabetismo reduziram nos últimos anos, mas ainda estão longe de serem ideais. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) sobre educação de 2023, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que o país ainda tem 9,3 milhões de analfabetos. Desse grupo, 8,3 milhões têm mais de 40 anos.

A disparidade regional e a falta de infraestrutura adequada em muitas áreas rurais e periféricas são realidades. Esse último censo do IBGE deixa claro que ainda que a taxa de alfabetização tenha melhorado, há um número expressivo de adultos sem finalizar o ensino fundamental.

COMPROMISSO PERMANENTE COM A EDUCAÇÃO

À medida que celebramos as conquistas, é imprescindível renovar o nosso compromisso com a educação como direito universal, em que todos possam desfrutar dos benefícios do ensino inclusivo, democrático e de qualidade. A educação é basilar para o pleno exercício da cidadania e o desenvolvimento socioeconômico. A educação básica transforma o presente e direciona o futuro.

Por Romênia Mariani

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