Educação, trabalhadores e mulheres são os eixos da campanha de Valéria Morato
Natural de Divinópólis (MG), Valéria Morato é professora há mais de 30 anos e já deu aulas nas redes pública e privada de ensino. Formada em Pedagogia, é especializada em Supervisão Escolar e pós-graduada em Liderança e Gestão de Pessoas. De 2009 a 2013, foi secretária-adjunta de Educação de Divinópolis.
Valéria participa do movimento sindical desde a década de 1990. Em 2016, assumiu a presidência do Sindicato dos Professores (Sinpro) de Minas Gerais, que representa os trabalhadores da Educação na iniciativa privada. No ano seguinte, foi eleita presidente da CTB Minas. É dirigente nacional da CTB e do PCdoB.
Como candidata a deputada estadual pelo PCdoB-MG, Valéria destaca três prioridades: a educação, os trabalhadores e as mulheres. “Minha luta é pela valorização dos trabalhadores e trabalhadoras, pelo fortalecimento de políticas que atendam à população – com atenção à mulher trabalhadora –, e pelo ensino público, gratuito e de qualidade para todos”, resume.
Para Valéria, a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República e de Alexandre Kalil (PSD) a governador de Minas Gerais são fundamentais para a retomada de um projeto de desenvolvimento local e nacional. “Defendo a valorização da indústria nacional, a geração de emprego decente e o Estado como propulsor da economia. Acredito na Educação e na Ciência & Tecnologia como base para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.”
Entre as bandeiras e propostas de Valéria para os trabalhadores, destaca-se a defesa de um salário mínimo regional para Minas Gerais. “Dos seis estados mais ricos do País, cinco têm um piso estadual. Só Minas que não tem”, explica.
Quem paga essa conta é o trabalhador. “Embora Minas seja o terceiro estado mais industrializado e rico do País, os mineiros que trabalham na indústria recebem 9,5% a menos do que a média nacional”, acrescenta Valéria. “Temos mais de 1 milhão de trabalhadores industriais com uma média salarial inferior à de diversos estados bem mais pobres.”
Na opinião da presidenta licenciada da CTB Minas, pautas de interesse da classe trabalhadora só avançarão na Assembleia Legislativa de Minas Gerais com a eleição de mais representantes do movimento sindical. “Hoje, além de um governador ultraliberal e antitrabalhador, como Romeu Zema (Novo), Minas tem uma maioria de parlamentares de origem e mentalidade empresarial. Retrocessos como o Regime de Recuperação Fiscal e exploração predatória da Serra do Curral só avançam porque a correlação de forças é desfavorável a nós.”
Uma vez eleita deputada em 2 de outubro, Valéria quer ser uma representante das mulheres trabalhadoras. Uma de suas propostas é transformar a licença-maternidade de 180 dias em lei. “Categorias como a dos metalúrgicos de Betim e Região já conquistaram esse direito em vários acordos coletivos”, lembra a sindicalista.
Ela também defende que Minas tenha mecanismos oficiais para garantir isonomia salarial. “Se dois trabalhadores executam funções iguais numa jornada comum, o salário tem de ser igual. Parece óbvio, mas há denúncias de desigualdade salarial em praticamente todas as categorias.”