Encontro quer apontar caminhos práticos para decisões tomadas em conferências internacionais

Brasília – Quase um ano depois da Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, lideranças de governos e de organizações da sociedade civil ligadas ao meio ambiente começam a discutir hoje (21), em Brasília, alternativas para tirar do papel metas que combinam desenvolvimento econômico, ambiental e social em todo o planeta.

Os participantes da 12a edição do Encontro Verde das Américas terão dois dias para apontar caminhos mais práticos para os acordos diplomáticos e as decisões tomadas em conferências internacionais, como a que ocorreu no Rio de Janeiro em junho do ano passado.

As palestras e discussões previstas para o evento devem resultar em uma carta com as reivindicações e as recomendações que os participantes considerarem mais relevantes. Depois de consolidado, o documento Carta Verde das Américas será entregue a autoridades e organizações brasileiras e de outros países que atuam na área.

Toda a discussão, que ocorrerá nas salas e corredores do Museu da República, na Esplanada dos Ministérios, será marcado pelo relato de experiências como a da indústria turística mexicana e portuguesa, da evolução de políticas ambientais adotadas pela Indonésia, pelo Quênia, por Cuba e pela Costa Rica, e pela agenda de adaptação às mudanças climáticas implantada na Malásia e na Noruega.

A expectativa é que outras iniciativas de menor proporção e mais locais sejam apresentadas para que os participantes do encontro consigam definir estratégias mais eficazes para a adoção de práticas sustentáveis pelas diferentes economias do mundo.

Autoridades brasileiras foram convidadas para resgatar a memória da Rio+20, reforçando as metas estipuladas na conferência, e para mostrar como os termos de ajustamento de conduta, conhecidos como TAC, adotados no Brasil, estão dando bons resultados na solução de impasses ambientais envolvendo comunidades tradicionais, grandes empresas e governos, por exemplo. Os brasileiros também vão apontar as dificuldades na gestão de resíduos sólidos e os desafios e potencialidades das unidades de conservação no país.

O encontro, que começará com a entrega de um prêmio a uma personalidade ou instituição que se destacou nos últimos meses por adotar medidas em busca da sustentabilidade, será seguido por uma discussão em torno do futuro da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (Otca).

O secretário-geral da organização, Robby Ramlakhan, pretende destacar a importância da cooperação para a integração amazônica, que envolve a Bolívia, o Brasil, a Colômbia, o Equador, a Guiana, o Peru, Suriname e a Venezuela. O grupo tem buscado alternativas financeiras para viabilizar projetos importantes na região. A Otca conta apenas com recursos de países como a Alemanha para o esforço de manter projetos de conservação e desenvolvimento em andamento na floresta amazônica formada pelo território dos oito países.

Edição: Graça Adjuto
Da Agência Brasil

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