Fepesp: Patronal rompe negociação na educação básica, não aceita prorrogação
Na rodada de negociação da Campanha Salarial 2018 da educação básica desta terça-feira, 27/03, o representante patronal abandonou a discussão da convenção coletiva, declarou-se fechado a novas negociações e, ainda, afirmou que não aceitará a proposta do Tribunal Regional do Trabalho de prorrogar a vigência das cláusulas das atuais convenções por 45 dias — e, com isso, permitir a continuidade das negociações.
A proposta do TRT foi apresentada pelo desembargador Carlos Huzek, vice-presidente do Tribunal, em audiência de conciliação realizada no dia 23 de março. Essa proposta foi formulada em razão da instauração de dissídio coletivo suscitado pelos sindicatos de professores e auxiliares na educação básica da rede privada, coordenados pela Fepesp.
O lado patronal, representado pelo Sieeesp, o sindicato dos donos de escolas, não tem pudor em reafirmar, dessa maneira, seu empenho em rasgar a convenção coletiva de professoras, professores e auxiliares. Eles querem a brutalidade, querem impor o espírito da ‘reforma’ trabalhista – de cortes de direitos consagrados – na sua relação com seus profissionais. Ou seja: querem explorar ainda mais quem se dedica a educar os escolares e não tem vergonha de admitir isso negando-se a negociar com os sindicatos.
Com a negativa do Sieeesp, que deve ser formalizada ao Tribunal na segunda-feira, dia 2, o dissídio da educação básica seguirá para julgamento.
Os sindicatos integrantes da Fepesp não irão dar isso de barato. Reunião geral de sindicatos já foi convocada para a terça-feira, dia 3, quando será traçado o caminho da resistência e das ações em defesa do que é nosso. Nossa convenção coletiva já vem sendo negociada há 20 anos — e não será agora que iremos abandonar sua defesa. Muita atenção aos avisos e convocações do Sindicato — é hora de nossa mobilização!