FNDC e centenas de entidades assinam pedido de impeachment de Bolsonaro
Para endossar o pedido, o FNDC considerou os gravíssimos atentados à liberdade de expressão e à democracia perpetrados pelo atual presidente inúmeras vezes
O FNDC, centenas de outras entidades da sociedade civil e representantes de partidos da oposic?a?o (PT, PCdoB, Psol, PCB, PCO, PSTU e UP) protocolaram nesta quinta-feira (21), na Câmara dos Deputados, pedido de impeachment coletivo do presidente Jair Bolsonaro.
O pedido se baseia nos crimes de responsabilidade cometidos durante a pandemia de Covid-19. Bolsonaro na?o apenas tem atentado contra a saúde pública incentivado atos e manifestações contra as medidas tomadas pelos governadores, mas também participa desses atos.
Além disso, tem tomado decisões que desprezam as recomendações das autoridades sanitárias. Quando questionado, costuma fazer chacota ou agredir jornalistas, desqualificando seu trabalho e a imprensa como um todo, entre outras atitudes descabidas para um presidente da Repuública.
O FNDC considerou, para endossar o pedido de impeachment, os gravíssimos atentados à liberdade de expressão e à democracia perpetrados pelo atual presidente inúmeras vezes. Bolsonaro é histórico defensor do regime ditatorial, conduz um governo autoritário, persegue adversários políticos e não sabe conviver em um ambiente de diversidade de ideias e opiniões. Seus movimentos de cunho autoritário, se não forem contidos, poderão lançar o país em uma crise ainda mais profunda, com consequências sérias para a frágil democracia que ainda se mantém no país.
“A decisão de apoiar esse pedido de impeachment está justamente no fato de que este é um governo que viola sistematicamente a liberdade de expressão, que persegue jornalistas e veículos de comunicacação, que tenta promover a censura e que não tem compromisso, portanto, com a liberdade, com a democracia e com a própria vida, como estamos vendo neste momento de pandemia”, afirma Renata Mielli, coordenadora-geral do FNDC.
Para prosperar, o pedido deve ser aceito pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Depois, segue para ana?lise em comissão, em seguida, no plenário, que decide se abre o processo ou não. Em caso de abertura de impeachment, cabe ao Senado Federal fazer o julgamento e decisão final sobre a perda de mandato do presidente.