Globo cobra de Temer o fim da universidade pública
Em editorial, jornal da família Marinho afirma que, “para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca aplicadas”; “Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o ensino superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social?”; segundo o veículo, “é entre os mecanismos dos Estados concentradores de renda que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece apenas os ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras colocações nos vestibulares”; “Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a faculdade privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa qualidade”
24 DE JULHO DE 2016 ÀS 14:20 // RECEBA O 247 NO TELEGRAM
247 – O jornal O Globo defende, em editorial publicado neste domingo (24), o término do ensino superior gratuito. Sob o argumento de que o aumento de impostos é uma via esgotada para equilibrar as contas publicas, o veículo da família Marinho afirma que, “para combater uma crise nunca vista, necessita-se de ideias nunca aplicadas”.
“Neste sentido, por que não aproveitar para acabar com o ensino superior gratuito, também um mecanismo de injustiça social? Pagará quem puder, receberá bolsa quem não tiver condições para tal. Funciona assim, e bem, no ensino privado. E em países avançados, com muito mais centros de excelência universitária que o Brasil”, diz o texto.
Ao citar como exemplo universidades de São Paulo, o jornal afirma que, “ao conjunto dos estabelecimentos de ensino superior público do estado de São Paulo — além da USP, a Unicamp e a Unifesp — são destinados 9,5% do ICMS paulista”. “Se antes da crise econômica, a USP, por exemplo, já tinha dificuldades para pagar as contas, com a retração das receitas tributárias o quadro se degradou. A mesma dificuldade se abate sobre a Uerj, no Rio de Janeiro, com o aperto no caixa fluminense”.
De acordo com o texto, “o momento é oportuno para se debater a sério o ensino superior público pago. Até porque é entre os mecanismos do Estado concentradores de renda que está a universidade pública gratuita. Pois ela favorece apenas os ricos, de melhor formação educacional, donos das primeiras colocações nos vestibulares”.
“Já o pobre, com formação educacional mais frágil, precisa pagar a faculdade privada, onde o ensino, salvo exceções, é de mais baixa qualidade. Assim, completa-se uma gritante injustiça social, nunca denunciada por sindicatos de servidores e centros acadêmicos”, acrescenta.