Martínez reconhece vitória de Lacalle Pou em eleições presidenciais no Uruguai
O candidato à presidência do Uruguai pelo partido governista de esquerda Frente Ampla (FA), Daniel Martínez, reconheceu nesta quinta-feira (28/11) a vitória de seu opositor do Partido Nacional, o direitista Luis Lacalle Pou, no segundo turno das eleições presidenciais do país realizadas no último domingo (24/11).
“A evolução da apuração dos votos observados não modifica a tendência. Portanto, cumprimentamos o presidente eleito, Luis Lacalle Pou, com quem farei uma reunião amanhã”, disse Martínez pelo Twitter.
A fala de Martínez veio após a Corte Eleitoral divulgar resultados prévios dos votos em observação, que ficaram por contar na apuração de domingo. O órgão havia adiado o anúncio do o vencedor devido a um impasse gerado pela estreita diferença da quantidade de votos entre os candidatos. Após 99,31% das urnas apuradas, a quantidade de votos em obervação – cédulas que não entraram na contagem por problemas técnicos – era maior do que a diferença entre a quantidade de votos conquistados pelos presidenciáveis.
Entretanto, os resultados prévios dos votos em observação divulgados hoje mostraram a vitória de Lacalle Pou como irreversível. O direitista obteve 3.090 votos dos mais de 35 mil que estavam por contar. Por sua vez, Martínez recebeu 1.137, o que configura uma vantagem definitiva do candidato da direita.
Lacalle Pou agradeceu os trabalhadores do órgão eleitoral e compartilhou uma mensagem de seu partido dizendo que “agora sim, o Uruguai tem um novo presidente”.
Segundo a Corte Eleitoral, a apuração de votos ainda não terminou e os números finais devem ser anunciados oficialmente no próximo sábado (30/11).
Na apuração de domingo, o agora presidente eleito tinha conquistado 48,7% dos votos, e Martínez 47,5%.
No primeiro turno, Martínez obteve mais de 10% de vantagem sobre o candidato do Partido Nacional. Entretanto, o apoio à candidatura de Lacalle Pou por parte de partidos como Cabildo Abierto, de extrema direita, Partido de La Gente, de direita, e o centrista Partido Independiente, foi decisivo para a vitória da oposição após 15 anos de governo da Frente Ampla.