Matrículas em tempo integral do ensino fundamental caem 46%, diz censo
As matrículas em tempo integral do ensino fundamental caíram 46% no ano passado, de acordo com dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2016 divulgados ontem (16) pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O percentual de alunos em tempo integral nessa etapa do ensino passou de 16,7% em 2015 para 9,1% em 2016.
No ensino médio, o percentual de alunos em tempo integral aumentou, passando de 5,9% em 2015 para 6,4% em 2016. Uma das metas do Plano Nacional de Educação é que pelo menos 50% dos alunos da educação básica estejam matriculados na educação em tempo integral até 2024.
O censo mostra que a universalização da educação básica ainda é um desafio para o Brasil. Atualmente, 2,8 milhões de crianças e adolescentes de quatro a 17 anos estão fora da escola. Nessa faixa etária, o ensino é obrigatório.
Quando o assunto é a educação infantil, na faixa etária adequada à creche (até 3 anos de idade) o atendimento escolar é de apenas 25,6%. O Plano Nacional de Educação propõe que o atendimento chegue a 50% dessa população. Já na faixa etária adequada à pré-escola (4 e 5 anos), o atendimento é de 84,3%.
Praticamente todos os alunos no 1° ano do ensino fundamental estão na idade adequada para a série. Já no 5° ano é considerável a distorção entre idade e série. A taxa de aprovação no 3° ano do ensino fundamental é baixa, nesta que é uma etapa típica de um aluno de 8 anos que está no final do ciclo de alfabetização.
O censo é realizado anualmente pelo Inep, em articulação com as secretarias estaduais de Educação. É obrigatório aos estabelecimentos públicos e privados de educação básica. As estatísticas revelam a realidade da educação infantil, dos ensinos fundamental e médio, da educação de jovens e adultos, da educação especial, da educação em tempo integral e da educação profissional.