Mobilização de professores da FMU repercute em Portugal

Informação sobre a atuação predatória, também em Portugal, da Laureate, controladora da FMU no Brasil, enviada pelo professor Mario Moutinho, que acompanha a movimentação do SinproSP de Lisboa: “Li na Folha SP notícia sobre o que está acontecendo na FMU /Laureate Education. Aqui em Portugal a situação está igual a ponto do Departamento de Investigação e Ação Penal já ter aberto uma investigação sobre a atuação da Laureate em Portugal em conluio com o anterior Ministério da Educação (Ministro Nuno Crato). Anexo pois alguns recortes de imprensa sobre a matéria que pode ser do seu interesse e dos professores e alunos” da FMU.

FMU NO TRIBUNAL: DATA MARCADA PARA SE EXPLICAR

Foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho, dia 13/07, audiência de conciliação entre o SinproSP e a FMU. O Sindicato ingressou com ação de Dissídio Coletivo de Greve contra as demissões em massa e a reestruturação curricular, que reduzirá a carga horária dos cursos em 25%.

O diretor do SinproSP, professor Celso Napolitano, reclamou que a reestruturação trará impactos graves sobre os alunos e os professores diante do corte linear da grade curricular. A situação foi agravada pela falta de diálogo da Mantenedora, já que o corpo docente e o corpo discente foram avisados da mudança no final de junho.

O advogado do Sindicato, Ricardo Gebrin, informou ao desembargador Carlos Roberto Husek, que a FMU também não está garantindo plano de saúde aos professores demitidos, valendo-se do descumprimento da Convenção Coletiva de Trabalho.

O SinproSP insistiu na suspensão da reforma curricular e no cancelamento das demissões. As partes devem continuar as conversações até o dia 27/07, quando será realizada nova audiência no TRT.

E mais: o advogado da FMU tentou reclamar de tecnicalidades antes de oferecer qualquer explicação, mas o juiz Husek não aceitou a protelação. “Temos vários caminhos para não resolver o problema”, disse, depois de comentar que o quadro de demissões parecia “muito triste”.

Fique atento aos avisos do sindicato. Na volta às aulas, dia 2 de agosto, está marcada a nova assembleia de todos os professores.

FMU: PROFESSORES EM GREVE CONTRA CORTE AUTORITÁRIO

Professores da FMU, reunidos nesta segunda-feira (03/07) em assembleia no SINPRO-SP, decidiram por unanimidade entrar em greve contra a tentativa de corte das aulas e demissão em massa.

A assembleia foi convocada pelo Sindicato e o auditório estava lotado. A votação ocorreu depois de uma ampla discussão.

A ação dos professores será firme: eles querem o cancelamento das demissões e a suspensão da mudança curricular. O pedido será encaminhado imediatamente pelo SinproSP ao Tribunal Regional do Trabalho, na forma de Dissídio Coletivo. Com a greve já decidida e se a FMU não se retratar, as aulas em agosto não começam: haverá greve. Uma nova assembleia foi marcada para 02 de agosto.

No final de junho, professores e alunos ficaram sabendo da decisão da FMU de promover uma reestruturação curricular que resultaria no corte de 25% das aulas a partir de agosto. Ato contínuo, a mantenedora demitiu 220 professores e passou a exigir dos demais docentes a concordância com a redução de aulas.

Para o SinproSP, o corte linear da grade curricular fere a Convenção Coletiva de Trabalho. “A instituição está tentando praticar um verdadeiro estelionato curricular”, afirmou Celso Napolitano, diretor do Sinpro SP que conduziu a assembleia. “A FMU vendeu cursos com 4 aulas por período e quer agora reduzir o número de aulas para três por turno, pelo mesmo preço cobrado do estudante e com prejuízo aos professores”, disse.

Autoritarismo

Os professores denunciaram o autoritarismo com que a FMU está tentando impor as mudanças. A reestruturação curricular foi decidida sem nenhuma discussão e comunicada no final de junho como fato consumado. Ela atinge cursos das áreas de Direito, Saúde, Negócios e Educação, com graves consequências para alunos e professores.

Todos serão afetados: além da demissão de 220 professores, a mudança produzirá um enxugamento na folha de salário, com corte linear de 25%. Quem não foi demitido, foi “convidado” (por whats app, dia 28/06) a assinar documento de concordância de redução de aulas. Em alguns casos, essa redução pode chegar a 50% do salário.

Para os alunos, a perda é evidente. Os cursos terão a sua duração reduzida à carga horária ao mínimo exigido pelo MEC. Além disso, 20% do curso – já enxugado – passa de aulas presenciais para atividades a distância. Na prática, as aulas diárias serão reduzidas em 25%, passando de 4 para 3 aulas. Trata-se de uma quebra unilateral de contrato, com repercussão na qualidade de ensino.

Leia nota completa e mais informações no site do SinproSP, aqui: http://www.sinprosp.org.br/noticias.asp?id_noticia=2754

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