Mulheres defendem ampliação da participação feminina na política

Mesmo elegendo pela primeira vez uma presidenta da República, as mulheres têm representatividade numérica pífia no Congresso Nacional. São 46 mulheres em 513 deputados federais e 8 senadoras em 81, num total de 54 parlamentares femininas, perfazendo um percentual pouco superior a 9% de participação das mulheres no Parlamento.

Antenada com a voz das ruas nas recentes manifestações de jovens pelo país, a procuradora da Mulher no Senado, Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), convocou a bancada feminina para apresentar ao relator da minirreforma eleitoral, o senador Valdir Raupp (PMDB-RO), duas emendas com objetivo de ter mais mulheres nas tomadas de decisões no país.

A primeira emenda visa amplia a participação feminina na política. A outra objetiva garantir propaganda institucional do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para incentivar a igualdade de gênero no país.

Para a secretária da Mulher da CTB, Ivânia Pereira, é necessário que o movimento sindical se organize para fortalecer as emendas da procuradora para pressionar os demais senadores. “Não dá mais para aceitar a cota laranja de 30%”, define.

Ivânia acentua ainda que os partidos inscrevem 30% de mulheres como candidatas, mas não hora “H” o financiamento vai para as candidaturas prioritárias dos homens. “Isso impossibilita o avanço de participação feminina. Portanto, é preciso envolver a sociedade nesse debate. Realizar palestras, debates, nos sindicatos, nas universidades para unir o movimento sindical, estudantil e de toda a sociedade em geral”, afirma Ivânia.

A CTB defende a reforma política com realização de plebiscito para uma ampla discussão dos temas mais importantes para o avanço das questões sociais, da liberdade de expressão e de maior participação das mulheres em todas as instâncias deliberativas do país.

Do Portal CTB

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