Nesta sexta, 31, Brasil tem atos contra política de extermínio no Rio

Mobilização acontece no Rio, Recife e SP, em defesa da vida e contra o genocídio da população negra e periférica

Atos reúnem comunidades e movimentos contra a “política de extermínio” nesta sexta no Rio
Nesta sexta-feira (31/10), às 13h, moradores, coletivos de favelas, movimentos sociais e defensores de direitos humanos se reúnem no Campo do Ordem, no Complexo da Penha, em um ato público contra a operação policial mais letal da história do estado, que deixou mais de uma centena de mortos em comunidades do Alemão e da Penha.

O protesto integra uma mobilização nacional em diversas capitais do país, em defesa da vida e contra o genocídio da população negra e periférica.

A chamada é pra deixar claro a mensagem: a responsabilização de Cláudio Castro e o fim da polícia assassina. “Não podemos mais permitir que transformem o Rio num laboratório de morte enquanto o resto do país assiste e o Estado violento aprende”, dizem os organizadores do ato

Instituto Marielle Franco está na organização do ato contra política de extermínio
A manifestação no Rio é puxada também pelo Instituto Marielle Franco, que tem denunciado nacional e internacionalmente a política de segurança pública baseada na lógica de confronto e extermínio. O ato acontece, coincidentemente, na marca de um ano da sentença dos assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes, e reforça que não há justiça possível enquanto o Estado brasileiro continuar produzindo novas vítimas todos os dias.

“Faz um ano desde o início do júri que condenou os assassinos de Marielle Franco e Anderson Gomes. E é impossível falar de justiça sem olhar para o que está acontecendo agora no Rio de Janeiro. A maior chacina da história recente do estado deixou mais de uma centena de mortos. Corpos espalhados nas ruas, famílias sem respostas e um governo que transforma a morte em palanque. Essa não é política de segurança. É necropolítica”, afirma Luyara Franco, diretora executiva do Instituto Marielle Franco.

O Instituto Marielle Franco destaca que o cenário atual expõe a falência das políticas de segurança baseadas em confronto, o descumprimento de medidas determinadas pela Corte Interamericana de Direitos Humanos e a naturalização da violência policial contra populações negras e periféricas.

O Instituto Marielle Franco reitera o pedido de investigação independente, responsabilização das autoridades envolvidas e proteção às famílias das vítimas. O ato será um grito coletivo por justiça, memória e reparação e pela construção de um país onde a vida de pessoas negras e faveladas seja respeitada.

Fonte
TVT News

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
666filmizle.xyz