Novembro Azul, prevenção ao câncer de próstata
A Sociedade Brasileira de Urologia está realizando mais uma edição da campanha Novembro Azul, tendo por foco o câncer de próstata. É o tipo mais comum de câncer entre os homens e a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Somente entre 2016 e 2017, 61,2 mil novos casos foram estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).
A exemplo do Outubro Rosa, a campanha surgiu primeiramente na Austrália e já conta com a adesão de mais de 20 países. No Brasil, o mês e a cor também são dedicados ao tratamento e prevenção da diabetes.
Durante o mês, há um esforço de informar a população, ressaltar a importância do diagnóstico precoce e alertar sobre possíveis sinais e sintomas do câncer de próstata. Assim como o câncer de mama, a maior chance de cura da doença está no diagnóstico precoce.
Dois exames identificam a doença precocemente, oque retal e PSA (Antígeno Prostático Específico). O desafio é desmistificar o exame de toque, pois o preconceito é o maior entrave à prevenção. A doença tem sintomas iniciais silenciosos e, por isso, muitos casos já são detectados em um estágio avançado da doença. Daí a importância de os homens consultarem um urologista a partir dos 45 (com fatores de risco) ou 50 anos (em geral).
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. O tipo mais comum é o adenocarcinoma. Na fase inicial da doença, são comumente identificados sangue na urina, dificuldade em urinar, diminuição do jato de urina e aumento da frequência ao banheiro.
Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm maior chance de também desenvolvê-lo. Outros fatores de risco são sobrepeso e tabagismo. Praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são formas de prevenir a doença.
Os pacientes com câncer têm direito a receber auxílio-doença – se for afastado do trabalho por mais de 15 dias – e o saque do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Quem é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode solicitar ainda o benefício chamado Tratamento Fora de Domicílio (TFD), valor que cobre despesas como transporte aéreo, terrestre e fluvial, diárias para alimentação e pernoite. No caso do TFD, a liberação depende da disponibilidade orçamentária do município ou estado.
No portal do Instituto Nacional do Câncer está disponível cartilha com informações sobre o câncer de próstata, seus fatores de risco e formas de detecção.
Carlos Pompe