Número de mestres e doutores dobra em dez anos, de acordo com MEC
O número de profissionais com títulos universitários no Brasil quase dobrou em dez anos, de acordo com o Ministério da Educação (MEC). Em 2002, havia 23,4 mil mestres e 6,8 mil doutores. Neste ano, a estimativa é formar 41,3 mil mestres e 13,3 mil doutores.
Segundo o MEC, esse avanço é devido ao incentivo para a formação de recursos humanos pós-graduados em todas as áreas do conhecimento, como o aumento do número de bolsas, que em 2002 eram de 35 mil.
A continuidade dessa política se dá com o programa Ciência Sem Fronteiras – uma ação conjunta dos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação para desenvolver a ciência e a tecnologia no Brasil por meio do intercâmbio de estudantes de graduação e de pós-graduação e da mobilidade internacional de estudantes e pesquisadores.
Serão oferecidas aproximadamente 75 mil bolsas pelo poder público e cerca de 26 mil em parceria com instituições particulares, nas modalidades graduação-sanduíche, educação profissional e tecnológica e pós-graduação (doutorado-sanduíche, doutorado pleno e pós-doutorado) nos próximos quatro anos.
Alemanha
Cooperação entre Brasil e Alemanha vai ampliar a alocação de brasileiros em universidades alemãs no âmbito do Ciência sem Fronteira. No último dia 13, foi firmado um plano de trabalho que busca estreitar parceria entre os dois países.
A ação vai permitir a inclusão de bolsistas – desde graduação-sanduíche até o pós-doutorado – para estudos e pesquisas na Alemanha. Para isso, foi firmada a Carta de Intenções entre o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação Alexander von Humboldt (AvH).
Além disso, foi discutido o novo acordo de cooperação entre o CNPq e o Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (Daad), que pretende oferecer mais de três mil bolsas nas modalidades graduação-sanduíche, doutorado pleno, doutorado sanduíche e pós-doutorado. Serão 101 mil bolsas oferecidas a alunos brasileiros de graduação e pós-graduação no exterior. Até 2015, a meta é superar a marca de R$ 3,2 bilhões em investimentos no programa.
O programa prevê a oferta de cursos de alemão para os selecionados. A duração pode variar, de acordo com o conhecimento do idioma pelo candidato, área da pesquisa na Alemanha, condições e pré-requisitos da universidade anfitriã naquele país.
Para bolsistas que necessitem de seis meses de curso, as aulas começam em outubro; quatro meses, iniciam em dezembro e dois meses, em fevereiro de 2013. Os candidatos a doutorado-sanduíche terão direito ao curso de alemão caso a permanência no país seja de no mínimo dez meses.
Outros países
Foram assinados também acordos de cooperação com os governos da Bélgica e da Finlândia. Os memorandos preveem mecanismos para cooperação e intercâmbio de estudantes e pesquisadores; a organização de seminários, workshops, simpósios e eventos voltados para a área de ciência e tecnologia; a troca de informações de políticas e estratégias conjuntas em pesquisa e desenvolvimento e o acesso às instalações e recursos.
EUA, Itália, Canadá e França também têm parceria com o programa.
Bolsa de estudo na Alemanha
Para concorrer à bolsa na Alemanha, os candidatos devem apresentar propostas, sob a forma de projeto, e encaminhá-las pela internet até as 18h (de Brasília) de 15 de março próximo.
O resultado será divulgado até julho e as bolsas serão implementadas a partir de abril de 2013. O formulário está disponível aqui.
Fonte: Em Questão