Papo de terça: Entrevista com o presidente da CNTE, Roberto Leão

No dia em que o Plano Nacional de Educação (PNE) volta à pauta da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, a fim de que seja concluída a votação dos destaques, o “Papo de terça” de hoje (6) traz uma conversa com o presidente da CNTE, Roberto Leão, acerca do PNE, da 15ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e da luta pela valorização dos trabalhadores em educação. Confira abaixo:

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Contee – Na semana passada encerrou-se a 15ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, promovida pela CNTE. Como o senhor avalia a repercussão e os impactos dessa campanha?

Roberto Leão – A 15ª Semana Nacional De Defesa e Promoção da Educação Pública, organizada pela CNTE, transcorreu da maneira como esperávamos, com debates entre os educadores nas escolas e outros espaços e com manifestações de rua, que, este ano foram organizadas por região, se destacando a organizada na região Nordeste, na cidade de Recife, no dia 25 de abril, e a da região Sul, realizada em Curitiba, no dia 29. Foi, portanto, exitosa, mas continuaremos a fazer ajustes para que fique cada vez melhor.

Contee – Dentro da temática da campanha, qual o papel dos planos de educação como instrumentos da valorização profissional?      

RL – “Planos de educação como instrumentos de valorização profissional” foi o eixo da campanha que teve como marca: “Time valorizado vira o jogo”. A CNTE acredita que o debate dos planos estaduais e municipais deva se dar em torno da melhoria da qualidade da educação pública e, nessa lógica, valorização profissional é uma variável fundamental, pois consideramos que não haverá qualidade na educação se não houver profissional valorizado.

Contee – Em que medida o PNE que está sendo discutido na Câmara dos Deputados contempla essa perspectiva e em que aspecto ainda deixa a desejar?

RL- O PNE que se discute na Câmara Federal fala de formação e de equiparação da média salarial dos professores a dos profissionais de igual formação no serviço público. Hoje, essa média é 40% menor. No caso dos funcionários, a Meta 18 prevê que no prazo de dois anos seja regulamentado o piso e a carreira, com base no inciso VIII do Art. 206 da Constituição Federal.

Contee – Como será a mobilização da CNTE e suas entidades filiadas para a votação do PNE no Plenário da Câmara?

RL – Muita pressão aos Deputados em seus redutos eleitorais e nos gabinetes em Brasília e presença forte da CNTE com representação dos estados nos dias de votação na Câmara dos Deputados.

Da redação

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