Para coordenador de ONG, cota é o método mais justo
Para Frei David Santos, coordenador da ONG Educafro, a proposta de cotas elaborada pelas universidades estaduais paulistas é o projeto que melhor atende as pessoas de baixa renda que desejam entrar na universidade.
Folha – Destinar 50% das vagas nas universidades para as cotas é o ideal?
Frei David Santos – Nossa grande meta é ter 88% das vagas em universidades públicas preenchidas por alunos de escola pública, já que esse é o percentual de estudantes da rede pública de ensino. A proposta é melhor do que a lei federal por levar três anos para atingir o percentual de 50%.
O sr. acredita que essa proposta será aprovada pelos conselhos universitários das instituições?
O governador e os reitores já foram convencidos da importância das cotas. Agora o grande gargalo são os conselhos. Vamos procurar convencê-los, mas sabemos que a maioria dos conselheiros se sentem semideuses.
Apoia o curso de dois anos com base no “college”?
É uma novidade. Mas basta pensar: a maioria dos alunos de medicina, que são da classe alta, fizeram cursinhos caros por anos, por exemplo. O college, pelo fato de dar um diploma superior, é mais vantajoso.
Com informações da Folha de S.Paulo