Paulistanos têm até 15 de setembro para opinar sobre o projeto Mais Educação
No momento em que, nacionalmente, a sociedade mobiliza-se pela aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE) no Senado, sem retrocessos (o que significa a garantia de que os 10% do PIB previstos para serem investidos em dez anos sejam aplicados exclusivamente em educação pública), a comunidade da cidade de São Paulo se vê diante de uma proposta de reforma que atinge a educação pública da capital paulista. Os paulistanos têm até o dia 15 de setembro para opinar, pela internet, sobre o plano de reforma da rede de ensino da Prefeitura de São Paulo.
A chamada para participar é feita pela coordenadora da Secretaria de Gênero e Etnia da Contee, Rita Fraga, que representa a Contee e o Sinpro-SP na Conae na cidade. A reforma, que recebeu o nome de “Mais educação”, foi concebida pelo titular da pasta da Educação, o sociólogo Cesar Callegari, que já foi diretor do Serviço Social da Indústria (Sesi), membro do Conselho Nacional de Educação, secretário executivo do Ministério da Tecnologia e secretário de Educação Básica do Ministério da Educação.
Entre outras medidas, o plano exige a aplicação de provas bimestrais, cria a figura da dependência, amplia as atividades de recuperação e reforço no período de férias, altera a divisão de ciclos, que passam de dois para três (Alfabetização, Interdisciplinar e Autoral), e, com a finalidade de estimular os pais a fiscalizar de perto o desempenho dos filhos na escola, prevê sistema de notas de zero a dez, torna obrigatória a lição de casa e disponibiliza o boletim na internet.
A proposta é de que as novas diretrizes sejam implementadas nas 2.722 escolas municipais a partir de 2014. Trata-se do maior plano de reforma da rede de ensino paulistano desde a implantação do controverso sistema de progressão continuada.
Para se informar sobre a proposta e opinar, basta acessar o site http://www.maiseducacaosaopaulo.com.br/
Da redação