Pejotização tem novas regras: O que muda para o trabalhador PJ?

O Ministro Gilmar Mendes pausou a tramitação de todos os processos sobre o tema no país, até que o Supremo firmou um entendimento que deverá ser prestado por todos os tribunais

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu na semana passada a tramitação de todos os processos que discutem a legalidade da chamada “pejotização” no Brasil.

A chamada “pejotização” estabelece que a contratação de trabalhadores por meio de pessoa jurídica é válida, desde que não haja relação de subordinação, pessoalidade, habitualidade e onerosidade — os quatro elementos que caracterizam o vínculo empregatício , conforme a Consolidação das Leis do Trabalho ( CLT ).

Segundo o entendimento da maioria dos ministros, não há irregularidade na contratação via CNPJ quando há autonomia real na prestação de serviços. Contudo, se a relação profissional seguir os moldes de um emprego formal, mesmo com contrato de PJ, poderá ser reconhecido o vínculo trabalhista.

O julgamento reforça que a forma jurídica do contrato não pode servir para mascarar uma relação de emprego. Se houver elementos típicos de subordinação, como horários fixos, metas impostas, exclusividade e controle direto, o trabalhador terá direito à carteira assinada, FGTS , férias , 13º salário e demais garantias.

O que muda para o trabalhador PJ

– Validação do contrato PJ: será mantida a existência de autonomia e prestação de serviço com liberdade técnica e de horários;
– Reconhecimento de vínculo: será possível se forem constatados elementos de uma relação empregatícia, mesmo com CNPJ;
– Segurança jurídica: as empresas devem revisar os contratos para garantir que o modelo de PJ não configure fraude trabalhista.

O que muda para as empresas

As empresas que utilizam esse modelo de contratação precisarão estar atentas ao cumprimento de regras mais claras sobre a pejotização, especialmente em setores como tecnologia, comunicação, marketing e consultoria, onde esse modelo é comum.

A decisão não proíbe o uso de contratos com PJs, mas reforça que o modelo não pode substituir o emprego formal em situações que excluam o vínculo empregatício, sob risco de autuações e passivos trabalhistas.

Com informações do g1 Trabalho e Carreira

Do Contabeis

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