Pela unidade dos trabalhadores: Contee participa do VI Encontro Sindical Nossa América e conclama entidades filiadas
Uma das grandes bandeiras da Contee em termos de políticas internacionais é a intensificação das relações com organizações sindicais dos países da América Latina e do Caribe, essencial para o desenvolvimento soberano da região. Por isso, entre os dias 30 de abril e 5 de maio deste ano – incluindo o Dia dos Trabalhadores –, os diretores da Contee Maria Clotilde Lemos Petta (Secretaria de Políticas Internacionais), João Batista da Silveira (Secretaria de Assuntos Jurídicos), José Carlos Arêas (Secretaria de Políticas Sindicais), Adércia Bezerra Hostin (Secretaria de Assuntos Educacionais), José Ribamar Barroso (Secretaria de Organização Sindical) e Rodrigo Pereira de Paula (Secretaria de Juventude) estarão em Havana para participar do VI Encontro Sindical Nossa América (Esna).
Trata-se de uma oportunidade para debater e refletir acerca dos desafios do movimento sindical na América Latina e no Caribe, uma vez que, como destaca a coordenadora da Secretaria de Políticas Internacionais da Contee, o Esna é um espaço de unidade da classe trabalhadora em torno de uma plataforma comum antineoliberal e anti-imperialista. O objetivo é elevar o protagonismo dos trabalhadores nas lutas políticas em curso no continente, além de desenvolver um programa de formação, investigação e assistência técnica na região, bem como campanhas de conteúdo de solidariedade e pela liberdade.
A Contee incentiva a participação de todas as entidades filiadas no VI Esna. Informações sobre o encontro, as comemorações do Dia 1º de Maio em Cuba e o formulário para inscrições estão disponíveis no site www.1mayocuba.com. O Portal da Contee também disponibiliza aqui a nota informativa aos participantes, enviada pela Central de Trabalhadores de Cuba.
Confira abaixo a entrevista com a coordenadora da Secretaria de Políticas Internacionais da Contee, Maria Clotilde Lemos Petta, sobre a importância do encontro e a relação entre política externa e projeto nacional de desenvolvimento:
– Qual o objetivo do Esna e a importância da participação da Contee no encontro?
– O Encontro Sindical Nossa América objetiva contribuir para um maior protagonismo dos trabalhadores nas lutas políticas em curso no nosso continente e desenvolver um programa de formação, investigação e assistência técnica na região, assim como campanhas de solidariedade e em defesa da liberdade sindical.
A Contee, no planejamento da atual gestão, definiu como uma das suas prioridades na sua atuação internacional a intensificação das relações com organizações sindicais dos países da América Latina e Caribe. Nessa perspectiva, o Esna é um espaço importante de aprofundamento dessas relações, contribuindo para a unidade de ação do movimento dos trabalhadores em torno de uma plataforma comum antineoliberal e anti-imperialista.
– Por que é tão importante o diálogo e a articulação entre os trabalhadores da América Latina?
– Cabe considerar que os EUA, aliados às direitas nacionais, desenvolvem uma política extremamente agressiva na defesa de seu projeto no continente. Os recentes episódios, como as ações de espionagem, são reveladores dessa política. Nesse contexto, o projeto soberano de integração latino-americano e caribenho colide com o projeto estadunidense de preservar sua esfera de influência no continente através da Comunidade do Pacífico (Colômbia, Peru, Chile e México). Sendo assim, são colocados novos desafios para as organizações sindicais que precisam atuar de forma articulada em torno de agendas unitárias na defesa de uma inserção altiva em relação aos EUA e da consolidação de projetos soberanos e democráticos.
– No último Consind, a Secretaria de Políticas Internacionais da Contee lançou o primeiro volume dos Cadernos de Política Internacional, justamente com o tema da integração latino-americana. Que outras ações a secretaria pretende desenvolver em 2014 neste sentido?
O primeiro caderno lançado em 2013 objetivou contribuir com informações básicas sobre o processo de integração latino-americana e caribenha. Pretendemos, no decorrer de 2014, aprofundar esse debate, tendo como tema o papel do Brasil na nova ordem (ou desordem) mundial. Dado o fato da realização das eleições gerais, é preciso pautar o debate das propostas referentes à política externa brasileira que serão defendidas pelos candidatos. Nessa perspectiva, pretendemos produzir um segundo caderno de políticas internacionais com textos tratando da relação entre política externa e projeto nacional de desenvolvimento.
Outro desafio colocado no planejamento é o aprofundamento das relações com organizações internacionais de trabalhadores em educação. Com esse objetivo temos já agendada para 2014 nossa participação em eventos internacionais organizados pelos trabalhadores em educação.
Da redação