Professores e profissionais da saúde entram em greve no Paraguai

Todas as organizações de professores paraguaios iniciam, nesta quarta-feira (27), dois dias de mobilizações e greve. A medida se dá depois de mais uma tentativa de negociação por parte dos professores com o governo de Horácio Cares, sem sucesso.

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Uma reunião dos dirigentes sindicais com funcionários dos ministérios do Trabalho e Educação, realizada nesta terça-feira (26), terminou abruptamente quando o governo insistiu em manter seu posicionamento sem ceder às demandas da categoria e informar que os dias de greve serão descontados da folha de pagamento.

Os professores lutam por 10% de aumento salarial, mais recursos para a Educação em 2015, reforma de escolas em mau estado de conservação e criação de um plano de carreira que respeite a categoria, entre outros pontos.

Os sindicatos afirmam que, enquanto se nega a negociar as demandas dos professores, o Executivo cede às exigências dos empresários do ramo dos transportes para evitar novas manifestações populares que exigem a redução do preço da passagem e destina ao setor mais de 15 milhões de dólares não reembolsáveis, para a compra de novos ônibus.

O membro da Federação de Educadores do Paraguai, Silvio Pires, anunciou que as aulas serão suspensas durante esta quarta e quinta-feira (27 e 28) e serão realizadas marchas que devem culminar em uma concentração da categoria em Assunção, capital do país.

Mas Silvio alerta ainda que, dependendo do desenvolvimento das negociações nestes dois dias, os professores podem iniciar uma greve geral sem previsão de término devido às intransigências do governo.

A Federação Nacional dos Estudantes Secundaristas têm apoiado a luta dos professores e fez uma série de manifestações nesta terça-feira (26) em diversas regiões da capital e nas principais cidades do país.

Além da greve dos professores, outros setores também farão paralisações menores, é o caso dos sindicatos que agrupam médicos e profissionais da saúde que se reuniram com o presidente Horácio Cartes e não obtiveram resultados. Eles anunciaram uma paralização de três horas nos hospitais de Assunção e outras capitais regionais nesta quarta-feira (27).

No entanto, se não receberem a atenção que pedem do governo, a paralização vai continuar todos os dias, sempre aumentando uma hora, até sexta-feira (29), quando será realizada uma grande assembleia geral para determinar ações seguintes de acordo com a resposta do poder Executivo sobre a falta de medicamentos e o atraso do pagamento de salários.

Da Prensa Latina

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