Reforma do ensino médio e BNCC: uma aberração que deve ser rejeitada

Que a reforma do ensino médio imputada pelo governo Michel Temer representa um enorme retrocesso não é novidade. Que é necessário que a proposta de Base Nacional Curricular Comum (BNCC) que a endossa seja rejeitada também não. Tanto a Contee quanto suas entidades filiadas têm, desde o envio ao Congresso da Medida Provisória que deu origem à reforma, apontado seus prejuízos, que tornam o ensino médio excludente, eliminam conteúdos, reduzem a formação crítica, precarizam o trabalho docente, desprofissionalizam o magistério — permitindo a contratação de pessoas para lecionar por suposto “notório saber” — e abrem as portas para a privatização da educação básica.

Ainda ontem (4), ao analisar a notícia sobre a alta do índice das ações da Kroton Educacional S.A. na bolsa de valores e o impacto desse crescimento tanto no ensino superior quanto na educação básica, a Contee citou a proposta de educação a distância (EaD) para o ensino médio como uma das medidas privatizantes e precarizantes que podem derivar da reforma e de uma desastrosa legitimação dela pela BNCC (leia aqui).

Em vista disso, como o tema voltou à baila nesta semana, com a saída de Cesar Callegari da presidênciaComissão Bicameral do Conselho Nacional de Educação (CNE) justamente em função de suas críticas à reforma do ensino médio e à BNCC, o Portal da Contee compartilha, mais uma vez, o programa da TV Fepesp no qual o presidente da Federação, Celso Napolitano, entrevistou Callegari sobre a reforma. Antecipando em dois meses a posição que o levou à decisão de agora, o conselheiro foi categórico ao afirmar que a reforma do ensino médio “é uma aberração e deve ser rejeitada”.

A edição do programa Sala de Professores, que foi ao ar no dia 4 de maio, contou ainda com comentários do diretor da Plena da Contee José Thadeu Almeida.

Assista:

Por Táscia Souza

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