Sem acordo, greve dos professores da Funeso continua

Em mais um episódio da incessante luta travada pelo Sinpro Pernambuco e a Fundação de Ensino Superior de Olinda (Funeso), os professores da instituição decidiram, em assembleia, continuar com as atividades paralisadas, por tempo indeterminado. O encontro ocorreu na sede da própria instituição de ensino, na última quinta-feira (11). Na ocasião, os professores rejeitaram proposta patronal. Com a decisão, o início do semestre que deveria começar na próxima segunda-feira, 15 de fevereiro, fica suspenso.

Já não é novidade que a direção da Funeso há tempos não vem honrando suas obrigações com os professores. Salários não estão sendo pagos, assim como as obrigações previdenciárias. Ainda é válido destacar os sérios problemas de infraestrutura física e de organização de cursos, sofridos pela categoria.

Como forma de retaliação ao movimento dos professores, a direção mandou cancelar o pagamento de 50% do salário de novembro de 2015 que estava previsto para essa sexta-feira (12). Em resposta a intransigência da direção, a comissão de negociação composta pelo Sinpro Pernambuco e professores de base asseguram que a categoria só voltará as atividades em sala de aula depois da plena e total quitação dos vencimentos do ano de 2015.

“ Entendemos que os alunos se matriculam, pagam suas mensalidades e querem aula. Porém nós merecemos respeito, merecemos receber por toda aula que já demos, precisamos colocar nossas dívidas em dia. Não é justo que continuemos trabalhando sem que a direção da Funeso honre com o pagamento dos nossos salários. E dessa vez estamos indignados também com a falta de ambiente de trabalho digno. Recebemos da direção uma proposta de novos parcelamentos de salário, como tantos outros não cumpridos”, trecho da carta aberta distribuída pelos professores aos alunos da Fundação.

Em defesa da categoria, o Sinpro Pernambuco protocolou uma denúncia no Ministério do Trabalho e Emprego e moveu um processo contra a instituição na Justiça do Trabalho, por atraso de pagamento dos salários, férias, 13º, repouso semanal remunerado, horas extras etc. Além de não depósitos do FGTS e INSS, mesmo sendo descontado a parte do trabalhador, o que caracteriza a infidelidade depositária.

Fonte:​ Sinpro Pernambuco

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo