Senadores elogiam proposta do governo para nova regra fiscal

Texto apresentado nesta quinta-feira pelo governo Lula será enviado ao Congresso Nacional na próxima semana. “Há um interesse nacional pela aprovação da nova regra fiscal”, disse o líder do PT no Senado

O governo Lula apresentou nesta quinta-feira (30) a proposta para a nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve em reunião com os líderes do Senado para detalhar as regras na nova proposta que será analisada pelos parlamentares a partir da próxima semana.

O líder do PT no Senado, Fabiano Contarato (ES), parabenizou o ministro pela iniciativa de fazer uma exposição “didática” do novo regramento apresentado pelo governo federal. Para o senador, esse é o momento de o Brasil aprimorar os marcos legais na área fiscal, aprovando não somente a proposta do governo, mas também transformando em lei a proposta de reforma tributária.

“Tive a oportunidade de falar [na reunião de líderes] e quero repetir em plenário, que há um interesse nacional, tanto da população, quanto de nós parlamentares, para que haja a aprovação da nova regra fiscal junto com a reforma tributária”, destacou.

“Passou da hora de termos responsabilidade, aprovarmos a nova regra fiscal e a reforma tributária. Porque, aí sim, poderemos efetivar todos os programas sociais. Assim, quero contribuir para que o presidente Lula seja exitoso nesse mandato”, completou o líder.

O senador Humberto Costa (PT-PE), presidente da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), disse acreditar em uma “tramitação bastante rápida” do projeto no Congresso Nacional. Para ele, a forma como a proposta “foi aceita inclusive pela oposição” aponta para uma convergência.

“Evidente que qualquer matéria pode sofrer emendas, mudanças. Mas pelo que pude sentir, em linhas gerais, houve uma excelente aceitação. É um tema que interessa à população brasileira e ao próprio mercado [financeiro]. O sentimento é de uma proposta bastante engenhosa, criativa e eficiente”, afirmou Humberto.

Na avaliação da senadora Augusta Brito (PT-CE), vice-presidenta da Comissão de Infraestrutura (CI), a proposta apresentada por Fernando Haddad garante mais verbas para políticas públicas essenciais aos brasileiros e brasileiras. “Os mais pobres voltam ao orçamento”, enfatizou.

Os detalhes da proposta que será analisada pelos parlamentares

A nova legislação é importante porque trata de como e quanto o governo pode gastar. Até agora, o Brasil estava preso ao Teto de Gastos, uma lei aprovada por Michel Temer e adotada por Jair Bolsonaro que simplesmente destruiu a economia e sacrificou a população brasileira, pois fez com que o investimento tanto em infraestrutura quanto em saúde, educação e programas sociais ficasse cada vez menor.

Pela nova proposta, o governo poderá aumentar os investimentos a cada ano, mas sempre limitado a 70% do crescimento da arrecadação no ano anterior. Ou seja, se em 2023 o governo receber R$ 100 bilhões a mais do que em 2022, ele terá R$ 70 bilhões a mais para investir em 2024. Os R$ 30 bilhões que sobrarem fica de poupança para equilibrar as contas públicas conforme a necessidade de cada época. O objetivo da proposta é garantir dinheiro para a população e, ao mesmo tempo, arrumar as contas públicas.

“Essa reforma é o começo de uma grande jornada, mas é um plano de voo para sabermos como enfrentar o problema da economia brasileira”, disse o ministro Fernando Haddad. “Se nós cumprirmos essa trajetória com esses mecanismos de controle vamos chegar em 2026 em uma situação de bastante estabilidade”, emendou.

PT no Senado

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo