Setembre-se na onda amarela: 7 filmes para cultivar o bem-estar e a empatia

Quando tudo parece desconexo, a arte e a cultura são faróis de esperança. Na pandemia, tal evidência ficou ainda mais clara. Isolados do convívio social, nos apegamos à literatura, à música, ao cinema para continuar a caminhada e não perder a sanidade.

Neste Setembro Amarelo, em que o mundo realiza a campanha de prevenção ao suicídio e busca promover a saúde mental, as manifestações artísticas iluminam, são armas poderosas para trazer à baila esses assuntos sérios e desafiadores com leveza e sensibilidade.

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que no planeta, um em cada 100 mortes é por suicídio. Já no Brasil, a pesquisa indica que se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia. O contexto é alarmante e pede mais amor. Ações que despertam bons sentimentos curam e salvam vidas.

Neste período de conscientização e apoio, um mergulho no universo do cinema para explorar histórias que não só tocam o coração, mas também promovem a empatia e o autocuidado, é uma excelente pedida. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) sugere, para este fim de semana, 7 filmes que ajudam a refletir as temáticas e desmistificar o estigma associado ao sofrimento mental, estimulando diálogos construtivos e acolhedores.

Prepare a pipoca e veja:

1 “O Lado Bom da Vida” (2012): A história de Pat Solitano. Pat sofre de transtorno bipolar e luta para reconstruir sua vida após um período de internação psiquiátrica. O filme também aborda a vida de Tiffany, uma mulher com seus próprios desafios emocionais. Juntos, eles mostram que o caminho para a recuperação é frequentemente pavimentado por conexões genuínas e apoio mútuo.

2- “O Mínimo para Viver” (2017): Acompanha a história de Ellen, uma jovem de 20 anos que está lutando contra a anorexia. O filme explora temas de autoimagem, saúde mental e os complexos caminhos para a recuperação, oferecendo uma representação honesta e sensível da luta contra os distúrbios alimentares. “O Mínimo para Viver” é uma narrativa poderosa sobre a busca pela autoaceitação e a importância de encontrar apoio e compreensão durante o processo de cura.

3“A Teoria de Tudo” (2014): A biografia de Stephen Hawking, mostrando não só suas contribuições para a física, mas também sua luta contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O filme destaca a importância da determinação, do apoio familiar e da força interior diante de desafios pessoais.

4“As Vantagens de Ser Invisível” (2012): O filme tem como protagonista Charlie, um adolescente introspectivo e socialmente isolado que está começando o ensino médio. Charlie luta para superar o trauma emocional do suicídio de seu melhor amigo e o recente luto pela morte de sua tia. Ele é um observador silencioso da vida ao seu redor, o que lhe confere o título de “invisível” em seu próprio mundo. Trata-se de uma abordagem sensível e comovente sobre os altos e baixos da adolescência, a busca por identidade e a importância da amizade e do apoio emocional. O filme oferece uma visão profunda sobre o impacto das experiências passadas e a necessidade de conexão para a cura e crescimento pessoal.

5- “O Poço” (2019): Em um futuro distópico, os prisioneiros são mantidos em uma estrutura vertical onde a comida desce em uma plataforma. Nessa estranha prisão vertical, detentos dos níveis superiores comem melhor do que os alojados nos andares inferiores. Um homem decide fazer algo para mudar o sistema. A narrativa serve como uma alegoria para questões de saúde mental, solidariedade e a luta pela dignidade em tempos difíceis.

6 – “A Vida Secreta das Palavras” (2006): Após um acidente em uma plataforma de petróleo, Hanna, uma enfermeira solitária, ajuda a cuidar de Josef, que sofreu terríveis queimaduras na pele. Ela cria uma forte conexão com ele e passa a conhecer melhor as diferentes pessoas com quem ele convive. Este drama poético explora a importância da comunicação e da cura emocional, revelando como o contato humano pode transformar a dor em esperança.

7 – A Mãe e o Pai” (2013): Um drama que traduz a jornada de uma mulher lidando com a perda de seu filho e a luta para encontrar um novo propósito. A narrativa sensível e envolvente oferece um olhar profundo sobre o luto, a recuperação e a importância de encontrar a paz interior.

Cada filme oferece uma janela para diferentes aspectos da experiência humana e destaca a importância do prestar atenção e compreender o semelhante. Ao assistir a essas histórias, não apenas aumentamos nossa consciência sobre a saúde mental, mas também encontramos inspirações para nos conectar de maneira intensa e verdadeira com os outros e com nós mesmos.

A arte do cinema é fonte de luz. Vamos juntos sensibilizar e oferecer apoio por meio da beleza e do encantamento da expressão artística. Propaguemos o tema deste ano do Setembro Amarelo no Brasil: “SE PRECISAR, PEÇA AJUDA!”.

SETEMBRE-SE NA ONDA AMARELA. POR MAIS CONVERSAS, MAIS PÍLULAS CULTURAIS E MENOS TABUS.

Por Romênia Mariani

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