Sinpro Campinas: Professores da Educação Básica rejeitam proposta patronal
Os professores da Educação Básica rejeitaram nesta quarta-feira, dia 28, a proposta do sindicato patronal (Sieeesp) de reajuste, aumento real fixados em 5,6% e de compensação dos dias pontes de feriados em troca do pagamento de horas-extras. Os debates se deram em torno do lucro cada vez maior das escolas e a remuneração cada vez mais achatada dos professores.
Por deliberação da assembleia a mobilização agora deverá chegar à opinião pública, pais e alunos, mostrando pelos veículos de comunicação como rádios e jornais, o descaso dos patrões com os professores do setor privado.
Os Sindicatos pedem a média dos índices inflacionários, com um reajuste salarial 5,3% e 2,65% de aumento real, totalizando quase 8%. O aumento real corresponde à metade da inflação acumulada nos últimos doze meses.
Durante a rodada de negociação realizada nesta terça-feira, dia 27, os representantes patronais mantiveram a mesma oferta apresentada na rodada do dia 20: 0,3% de aumento real mais reposição inflacionária, totalizando 5,6%.
A maior divergência está no aumento real: uma diferença de quase nove vezes separa o que oferecem os patrões do que querem os trabalhadores. A Participação nos Lucros ou Resultados (PLR) ficou definida em 21%.
Na hipótese de a Convenção ser assinada por dois anos, as divergências também continuam. A Fepesp e os Sinpros querem manter a mesma fórmula para 2013 – 1,5 vez a inflação acumulada entre março/2012 e fevereiro/2013. Os patrões oferecem aumento de 1,2% acima da inflação.
Irritação
A conduta das entidades patronais irritou profundamente os Sinpros presentes à negociação desta terça-feira. Uma nova rodada de negociação está confirmada para a próxima segunda-feira, dia 2 de abril, em São Paulo e para que as escolas se sintam pressionadas os professores deverão se manter fortemente mobilizados e apoiar as panfletagens já programadas para envolver pais e alunos nesta luta por melhores salários e condições de trabalho.
O presidente da Fepesp, professor Celso Napolitano, classificou a proposta patronal como uma provocação. “Não há justificativa plausível. Dados insuspeitos do sindicato patronal indicam que o número de alunos matriculados aumentou e a inadimplência caiu como nunca”, protestou Napolitano. “Além disso, as mensalidades escolares subiram, em média, 10%, muito acima da inflação”
Fonte: Sinpro Campinas