Sinpro/Caxias: Isto é qualidade de ensino?
Os professores estão negociando com as instituições de ensino comunitárias as condições de trabalho e salários, como fazem todos os anos.
No centro dos debates, está o necessário reajuste nos valores pagos pela hora-aula, já que a inflação está corroendo o orçamento das famílias. Ocorre que os representantes das grandes universidades não querem sequer repor aos salários essas perdas inflacionárias. Como se fosse possível enfrentar os aumentos nos alimentos, na energia elétrica, no gás de cozinha, na saúde, nos combustíveis, com salários que perdem valor mensalmente.
Em que país eles vivem?
As grandes universidades comunitárias gaúchas, que puderam contar com os esforços dos professores e das professoras durante a pandemia, agora, retribuem aos docentes com essa política de empobrecimento.
Causa estranheza ouvir dos representantes das universidades a intenção de:
Desestimular o Aprimoramento Acadêmico
Acabar com o Adicional por Tempo de Serviço
Além disso, percebemos um aumento no número de horas em EaD nas disciplinas presenciais e um agrupamento de turmas nessa modalidade. Tudo para economizar com quem está ali para ensinar.
Isso, não contarão para os alunos, pois revela uma contradição: não há como sustentar um discurso público de defesa da qualidade na educação e tratar dessa forma os professores e professoras.