Sinpro Londrina: Sindicato realiza curso de primeiros socorros em várias cidades da região

O Sinpro Londrina está realizando gratuitamente o Curso Básico de Primeiros Socorros – Lei Lucas, em escolas de diversas cidades de nossa região. Recentemente, estivemos em Ibiporã, no Colégio Santa Marta, e em Primeiro de Maio, na escola Construindo o Saber.

Em ambas as cidades, o coordenador do curso, professor Valdecir Veloso, comemorou a participação expressiva de professores, administrativos e dirigentes das escolas, já que eles são os maiores interessados em proteger seus alunos e eventuais acidentes. “Desde o começo do ano até agora, já treinamos mais de dois mil profissionais de educação para o atendimento imediato e eficiente em casos de acidentes em que os primeiros socorros são decisivos para salvar vidas”, explicou Veloso.

Nos próximos dias, a equipe do Sinpro estará em escolas de Cornélio Procópio, Bandeirantes, Sertanópolis e Jacarezinho.

O curso é atualíssimo diante do aumento de casos de acidentes em escolas de nossa região. VALE MUITO À PENA!

Pessoas que não trabalham em escolas mas querem fazer gratuitamente o curso também podem encaminhar solicitação pelo telefone WhatsApp (43) 98448-7609.

CURSO PODE SER DADO EM ESCOLAS TAMBÉM OU PARA TURMAS

O curso também pode ser realizado nas instituições que solicitarem aos seus profissionais tal capacitação. Elas podem entrar em contato com diretor responsável do projeto para agendamentos, Professor Valdecir Veloso WhatsApp (43) 98448-7609.

Os agendamentos serão por ordem de solicitação. O dia e horário do curso será combinado entre a instituição e diretor do responsável.

O QUE É A LEI LUCAS?

Você já ouviu falar na Lei Lucas? Muitas pessoas não conhecem essa lei que tem por objetivo primordial proteger as crianças do ensino infantil e básico de acidentes comuns que podem ocorrer em ambientes escolares. A lei torna obrigatória a aplicação de cursos que preparem os professores e funcionários de escolas públicas, privadas, de ensino infantil e básico no atendimento de primeiros socorros ao estudantes.

A necessidade dessa lei ocorreu devido a um acidente que ocorreu com Lucas Begalli, uma criança de apenas 10 anos de idade que perdeu a vida em um simples passeio escolar. Essa fatalidade poderia ter sido evitada se houvesse preparo sobre primeiros socorros pelas pessoas responsáveis pelo evento.

O que aconteceu com Lucas Begalli?

Lucas Begalli tinha apenas 10 anos quando perdeu a vida em uma excursão da escola que frequentava, em Campinas. Motivo: asfixia mecânica que ocorreu em questão de minutos. Ou seja, ele se engasgou com um pedaço de salsicha do cachorro quente que serviram no lanche. Mas não recebeu os primeiros socorros de forma rápida e adequada. Ele foi levado para um hospital em uma UTI móvel mas acabou falecendo após sete paradas cardíacas em 50 minutos de tentativas de ressuscitação.

É possível que ele estivesse vivo se as tentativas de reanimá-lo, mesmo antes da chegada da UTI, tivessem sido feitas por uma pessoa treinada. O tempo, nestes casos, é um dos mais importantes fatores para a sobrevivência do paciente pois os primeiros minutos são decisivos.

Como começou o alerta da mãe de Lucas pela segurança das crianças nas escolas?

Por causa do seu filho único, a Lei Lucas se tornou o motivo para Alessandra Begalli, mãe do menino, manter-se viva mesmo sem a presença da criança, afinal, ela continuou lutando por uma causa até então inexistente na legislação brasileira. Ela não se conformou com a morte do filho. Tinha certeza de que se houvesse pessoas treinadas na escola, pelo menos para os primeiros socorros, ele poderia ter sido salvo.

Para começar sua trajetória de alertar a sociedade sobre a importância de capacitar profissionais que atuam com crianças a agirem nos primeiros socorros, Alessandra e sua irmã criaram uma página no Facebook. Foi dessa forma que elas divulgaram o caso e começaram a luta por uma legislação sobre o assunto de primeiros socorros no ambiente escolar para que os pais se sentissem mais seguros em deixar seus filhos aos cuidados das instituições de ensino.

A ideia chegou ao Congresso Nacional e os deputados Ricardo Izar (PP-SP) e Pollyana Gama (PPS-SP) apresentaram o projeto intitulado Lei Lucas (Lei nº 13.722/18), sancionada em 4 de outubro de 2018.

Ela obriga as escolas, públicas e privadas, de educação infantil e básica, a se prepararem para atendimentos de primeiros socorros. As instituições de ensino devem ministrar cursos que capacitem professores e funcionários em noções básicas de primeiros socorros. Tal obrigação se estende aos estabelecimentos de recreação infantil principalmente.

Segundo a deputada Pollyana Gama, o curso deverá ser ofertado a cada dois anos. E vale ressaltar que haverá penalidades para quem não cumprir a lei. A punição começa pela notificação do descumprimento da lei. Após isso, pode haver multa e até mesmo a cassação do alvará ou responsabilização patrimonial.

O objetivo é garantir que todos saibam agir nos primeiros socorros até que a assistência médica especializada chegue ao local, ou que a criança seja encaminhada ao atendimento especializado .

O que é preciso para garantir mais segurança nas escolas?

Além do cumprimento da Lei Lucas, é muito importante que as escolas se equipem com itens de segurança que, em muitos casos, são essenciais para salvar vidas. A prevenção contra problemas inesperados não é apenas saber agir nos primeiros socorros, ela inclui também estar equipado para várias situações que podem se apresentar — principalmente para as emergenciais como uma parada cardíaca — bem como dar estrutura para um atendimento mais rápido.

Sabendo que muitos problemas, principalmente os relacionados ao coração, não dão muita margem de tempo para esperar ajuda, o atendimento deve ser rápido e ágil para aumentar as chances de salvar a vida da vítima.

Do Sinpro Londrina

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