Sinpro Minas: Comunidade de mães e pais da rede CNEC lança manifesto em apoio a professores
Mães e pais de estudantes da rede Campanha Nacional das Escolas da Comunidade (CNEC) lançaram um abaixo-assinado em que se solidarizam com os/as professores/as da instituição, frente a tantas tentativas de retirada de direitos, principalmente com a redução de salários.
No manifesto, a comunidade de mães e pais questiona os valores defendidos pela CNEC, como ética, transparência e valorização do ser humano, já que na prática a rede tem agido de forma arbitrária, sem considerar a difícil realidade vivida por todos/as que seguem na missão de educar, em tempos tão desafiadores.
O abaixo-assinado pede “um esclarecimento aberto e transparente sobre as contas da CNEC, sua real situação financeira, exigindo que não seja imputado aos professores e professoras a oneração das irresponsabilidades dos gestores da mantenedora.”
O Sinpro Minas destaca a importância do apoio de toda a comunidade escolar em defesa dos direitos da categoria docente. Só com a valorização dos/as professores/as podemos, de fato, construir uma educação digna e de qualidade.
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Manifesto – Mães e Pais da CNEC
Destinatário: Comunidade de Mães e Pais da Rede CNEC
Em seu site, a CNEC (Campanha Nacional das Escolas da Comunidade) diz defender os seguintes valores: “Ética, Excelência, Valorização do ser humano, Sustentabilidade, Otimização de Recursos e Transparência”. Pois bem, nós, pais e mães dos alunos e alunas da Rede CNEC viemos por meio deste exigir esclarecimentos quanto a recente notícia de que os professores passarão a receber apenas metade dos seus salários, à partir do corrente mês. Não nos parece que os valores da ética, nem da excelência, nem da valorização do ser humano e tão pouco da transparência estão sendo cumpridos.
Não parece cabível que uma instituição que preze pela “valorização do ser humano” não seja capaz de valorizar seu próprio capital humano e aqueles e aquelas que fazem realmente acontecer a missão institucional, que é levar uma educação de excelência. É injusto que em um momento de crise, se opte por desvalorizar os profissionais que de maneira tão corajosa são os mais importantes sustentáculos desta instituição, e que deveriam se constituir do seu maior bem.
Para uma instituição de mais de 75 anos de existência, também não parece cabível, nem mesmo coerente com sua história, manobras oportunistas que ocorrem sem nenhuma justificativa plausível. Portanto, um dos valores citados pelo próprio site, a “transparência”, está sendo colocada em xeque quando, em meio a pandemia, houve uma manobra para diminuir os salários dos professores pela metade. A “ética” também está sendo questionada, quando, de maneira sorrateira, se pretendem colocar justificativas sem nenhum embasamento para maximizar os lucros da mantenedora.
Compreendemos que, o tempo atual é de exceção e urgência, estamos nós pais e mães, passando por enormes dificuldades para mantermos nossos filhos estudando e valorizando o tempo atual para sua própria formação pessoal e escolar. Entendemos que a inadimplência possa estar ocorrendo, mas entendemos também que diversos outros gastos, como a limpeza, água, luz, entre outros, estão diminuídas. Por outro lado, tivemos notícias de diversas demissões ocorridas entre março e abril do corrente ano, e que, portanto não parece justo, nem transparente, nem mesmo coerente com os valores da instituição, a maneira como ela tem se portado diante a atual situação.
Solicitamos, portanto, que a instituição possa prezar pela sua “transparência”, pela sua aludida “Otimização dos recursos”, e demonstre para a comunidade de pais, mães e estudantes, como tem sido administrado o valor das mensalidades, e porque razão se justifica o sacrifício dos professores e professoras, que tão diretamente estão afetados e que impactam, sobremaneira, na qualidade do serviço que é oferecido aos nossos filhos e filhas.
Exigimos um esclarecimento aberto e transparente sobre as contas da CNEC, sua real situação financeira, e exigimos que não seja imputado aos professores e professoras a oneração das irresponsabilidades dos gestores da mantenedora.