Sinpro Osasco: Regras de distanciamento não são respeitadas durante Enem
A primeira etapa do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi marcada por aglomerações e desrespeito às normas sanitárias para prevenir a disseminação da covid-19. Após concluírem a prova, neste domingo (17), milhares de estudantes foram às redes sociais para denunciar que o distanciamento social não foi respeitado em seus locais de prova.
Os relatos mais comuns, sobre vários locais diferentes pelo Brasil, indicam que: a distância entre as mesas dos candidatos era menor que o recomendável; não havia álcool em gel disponível na entrada de todas as salas de aula; algumas salas sequer tinham janelas.
Problemas gerais de organização também foram relatados. Durante a tarde, a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) alertou para casos de estudantes, em Santa Catarina, Paraná e São Paulo, que não puderam fazer as provas porque os locais de prova já estavam lotados. Nesses casos, os candidatos foram informados de que farão a prova nos dias 23 e 24 de fevereiro, mesma data prevista para aplicação do exame no Amazonas, onde a realização foi adiada em função do colapso sanitário da última semana.
Para se ter uma ideia de como as reclamações eram recorrentes, na rede social Twitter, houve pelo menos 5 postagens por minuto com menções às palavras Enem e distanciamento, no final da tarde deste domingo. Centenas de candidatos chamaram atenção para o fato de que, em seus locais de prova, o distanciamento só foi garantido porque parte significativa dos candidatos não compareceu, deixando as salas parcialmente vazias.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo exame, ainda não se pronunciou sobre as reclamações nem divulgou quantos dos 5,7 milhões de inscritos compareceram para realização da prova. O ministro da Educação, Milton Ribeiro, visitou um dos locais de prova e informou apenas que a pasta teve conhecimento dos relatos e vai “averiguar” a situação.
A primeira etapa do Enem foi realizada em plena segunda onda da covid-19, em que o Brasil registra as piores médias de mortes desde agosto.