Sinpro PE move ação contra o Colégio Luiza Cora por demitir professor indevidamente

O sindicato dos professores de Pernambuco (Sinpro PE) acusa o Colégio Luiza Cora, em Olinda, de demitir indevidamente o professor Waldencio Borba que se encontrava afastado das atividades em sala de aula por motivos de saúde. O profissional passou por uma cirurgia de hérnia de disco, no último dia 20 de novembro 2012, e, desde então, permanece de licença médica para sua recuperação.

O professor procurou o Sindicato para fazer a denúncia após sua demissão, ocorrida no dia 25 de março. Segundo ele, a escola alegou não precisar mais de seus serviços.

O educador postou, em seu perfil de uma rede social, uma carta onde relatava sua indignação e recebeu várias manifestações de apoio de outros professores e alunos. “É preciso que se tenha mais respeito e valorização ao empregado que faz a empresa ascender e não o mesmo ser desfeito como se desfaz de uma roupa velha, rasgada que num certo tempo, serviu para cobrir nossa nudez ou, simplesmente, por interesses pessoais”, desabafou Waldencio Borba.

Para o coordenador-geral do Sindicato, Jackson Bezerra, coordenador da Secretaria de Políticas Sociais da Contee, o Colégio Luiza Cora virou um grande balcão de negócios e não tem nenhum compromisso com social ou com a educação. Ele afirma que o Sinpro PE entrará com uma ação contra a instituição. “A escola não teve nenhuma sensibilidade e demitiu o professor acometido de doença. Esse fato caracteriza falta de humanidade por parte dos estabelecimentos de ensino no estado de Pernambuco. Essa é mais uma situação que o Sindicato sai na defesa da categoria. Isso é fruto de uma batalha travada não apenas no estado, mas no Brasil, porque o nosso lema é ‘sou professor com orgulho e exijo respeito’”, afirma.

O caso foi entregue ao departamento jurídico do Sindicato. De acordo com a advogada Rafaela Azevedo, a entidade irá entrar com uma ação trabalhista e pedirá de imediato a reintegração do professor.  Por lei, o empregado não pode ser demitido fora do período permitido, o de inicio da data base. Do mesmo modo também não pode existir o desligamento do funcionário que ainda encontra-se recebendo auxilia saúde do INSS.

Caso semelhante

Um caso semelhante aconteceu entre o Colégio Damas e a professora Zuleide Moreira. Ela descobriu que tinha um câncer e foi submetida a um tratamento cirúrgico. Ao retornar as atividades, após sua licença médica, a professora teria sido deslocada para outras funções. Como se negou a cumprir as novas atividades foi prontamente demitida. Nesse caso, o Sindicato suspendeu a homologação por oito dias para uma análise mais aprofundada da questão e possíveis adoções de medidas judiciais.

Do Sinpro PE

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