Sinpro-PI: Sindicato participa de Fórum Estadual de Educação que debate plano nacional de educação e valorização dos profissionais
Fórum reforça a necessidade de regulamentação e melhores condições de trabalho para educadores da rede privada
O Fórum Estadual de Educação (FEE) realizou um debate sobre o Plano Nacional de Educação (PNE) em construção, focando no tema “Valorização de Profissionais da Educação: garantia do direito à formação inicial e continuada de qualidade, ao piso salarial, à carreira e às condições para o exercício da profissão e saúde”. O Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Sinpro-PI) foi representado pelo diretor Kleber Ibiapina.
Durante o debate, o professor Kleber Ibiapina destacou a importância da realização da Conferência Nacional de Educação (CONAE) 2024, apontando-a como uma vitória. “A CONAE 2024 resgata o papel da sociedade civil e dos fóruns municipais e estaduais na elaboração das políticas públicas de educação no Brasil”, afirmou o professor. Ele enfatizou ainda a necessidade urgente de regulamentação do setor privado da educação como um passo importante para a valorização dos profissionais da educação privada.
Desafios e propostas para a educação privada
Para o Professor Kleber, a regulamentação é necessária para assegurar uma educação de qualidade e justa remuneração para os educadores. Ele destacou a criação do Sistema Nacional de Educação (SNE) como essencial para regulamentar e fiscalizar o setor privado da educação. “A nossa luta, tanto na CONTEE quanto no SINPRO, é pela criação de um piso nacional para os trabalhadores da educação privada, um plano de carreira, uma convenção coletiva nacional, o fim do regime de trabalho horista e a destinação de um terço da carga horária para atividades extraclasse”, explicou.
Realidade precarizada no setor privado
Kleber Ibiapina também abordou a realidade atual do setor privado, descrevendo-a como uma educação tratada como mercadoria. “Professores mensalistas recebem um piso correspondente a apenas 60% do piso dos professores da rede pública, e os auxiliares não possuem piso salarial, ganhando apenas o mínimo. As salas de aula estão superlotadas, e o trabalho extraclasse muitas vezes excede a carga horária da sala de aula”, lamentou.Além disso, ele mencionou outros problemas, como a pejotização e a falta de formação continuada. “Sem regulamentação, os trabalhadores da educação privada não serão valorizados. A precarização é evidente e afeta diretamente a qualidade da educação oferecida”, concluiu.
O Sinpro-PI, juntamente com outras entidades, continua a mobilizar esforços para garantir que a regulamentação do setor privado se torne uma realidade. A valorização dos profissionais da educação passa necessariamente por essas mudanças estruturais, e a luta por direitos continua sendo uma prioridade.O próximo passo é manter a mobilização e a pressão sobre os legisladores e autoridades para que as demandas sejam atendidas. Somente com união e determinação será possível alcançar as melhorias necessárias para o setor educacional.