Sinpro/RS: MST doa 12 toneladas de alimentos em Porto Alegre

Os alimentos foram entregues na periferia da capital gaúcha e fazem parte da campanha Natal Sem Fome; além dos alimentos da Reforma Agrária foram doadas 50 caixas de hortigranjeiros orgânicos

Os assentados e as cooperativas do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) entregaram, na semana imediatamente antes do natal, a famílias da periferia de Porto Alegre cerca de 12 toneladas de produtos da Reforma Agrária. Além disso, os Sem Terra doaram mais 50 caixas de hortaliças orgânicas. Essa ação faz parte da Campanha Nacional Natal Sem Fome. O MST do Rio Grande do Sul contou com a parceria da Periferia Viva, Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), Ação da Cidadania, União de Vilas e Comitê de Combate à Fome.

“Essa é uma campanha nacional de solidariedade, com o objetivo de entregar esses alimentos para os trabalhadores da cidade”, destaca Gerônimo da Silva, da Direção Estadual do MST/RS e da Periferia Viva.

No último dia 18, foram entregue 600 kits para a Ação da Cidadania, no bairro Rubem Berta; ao Comitê de Combate à Fome, na Lomba do Pinheiro; União de Vilas e Associação das Mulheres Solidárias da Vila Cruzeiro (ASSUME-SOL), na Grande Cruzeiro; Quilombo dos Alpes e comunidades indígenas de Porto Alegre e São Leopoldo. Essas entidades distribuirão os alimentos entre as famílias que mais necessitam.

Entregas ocorrem até o dia 25

Em cada Kit tem arroz orgânico, feijão, macarrão, leite em pó, suco orgânico, mel e hortifrutis, como alface, couve, pepino, tomate e espinafre. “Essa ação tem o intuito de garantir o alimento na mesa do trabalhador da periferia neste natal. Estamos antecipando a entrega, pois entendemos a importância dessas famílias terem comida em suas mesas também em épocas festivas”, relata Silva. Ele ainda enfatiza que as entregas seguirão até o dia 25.

Marildo Mulinari, um dos assentados que contribuiu com seus produtos nessa doação, fala sobre a relevância da campanha em tempos de pandemia, exclusão social e desemprego no país. “É uma pequena retribuição de nós Sem Terra aos companheiros urbanos da favela e da cidade. A Reforma Agrária é uma luta que só conquistou a terra e a possibilidade de produzir alimentos saudáveis através do apoio da população. Então é a nossa obrigação retribuir esse apoio”, salienta o camponês.

Ajuda significativa

A moradora da Grande Cruzeiro, Carolina Teixeira Lima, fala sobre a importância das doações do MST para os moradores da periferia. “Nesse momento que estamos chegando próximo ao natal e ao final do ano, é muito importante receber esse alimento, porque sabemos que a condição de vida das pessoas tem piorado e principalmente nesse período de pandemia. É bom que a gente consiga garantir esse alimento para fazer minimamente um dia mais feliz na vida dessas famílias”, enfatiza. Carolina ainda acrescenta sobre a dimensão dessas ações de solidariedade, que também organiza a população. Segundo ela, receber esse alimento do campo, da agricultura familiar, que é orgânico, é muito significativo.

Parceria

Já Beatris Souza, da ASSUME-SOL, destaca a parceria com o Movimento desde o início da pandemia do coronavírus. ”Queremos agradecer por tudo. Desde abril estamos juntos e lutando para garantir a segurança alimentar de 150 famílias cadastradas nessa instituição”, aponta. A moradora da Grande Cruzeiro ressalta o compromisso de trabalhar com a segurança alimentar dessas pessoas. “Não sabemos como é que vai ser em 2021, mais uma coisa é certa, nós vamos ter que continuar cuidando dessas famílias” pontua.

Conforme a direção do MST, o movimento encerra 2020 com mais uma ação que demonstra “a importância de cuidar uns dos outros”,  totalizando 282 toneladas de alimentos da Reforma Agrária ao longo do ano.

Com informações do MST

Do jornal Extra Classe, do Sinpro/RS

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