Sinpro–Sorocaba: Sindicato é contrário a volta de atividades regulares e não regulares em 2020

Por Patrick Fernando Atanes Netto e Alex da Matta

Sorocaba, 28 de agosto de 2020.

O Sinpro-Sorocaba vem, por meio desta, esclarecer que é contrário a volta às aulas das instituições de ensino da rede privada nesse momento de flexibilização devido ao alto risco de contágio das professoras e dos professores que estão em contato direto com estudantes que podem ser assintomáticos, além dos próprios alunos que podem se infectar e levar o vírus para seus membros familiares.

Temos exemplos de outras cidades que já adiaram a volta às aulas devido ao número de professores infectados. Manaus, capital do Amazonas, por exemplo, iniciou aulas com ensino médio em 10 de agosto e em apenas 15 dias, 342 professores da rede pública de ensino testaram positivo para o novo coronavírus. A situação mostra que a retomada é mais complicada do que estimam os governos.

Em Sorocaba, a prefeita da cidade, em nenhum momento, abriu conversa com o Sindicato dos Professores em relação ao retorno presencial, ou seja, onde fica a opinião do trabalhador que será exposto ao risco? Outro fato importante é que a prefeita, libera as escolas privadas e mantém em casa as professoras e os professores do ensino municipal! Por quê? Seria a pressão dos mantenedores?

Deixamos claro que existe uma mesa de negociação junto ao Ministério Público do Trabalho no Estado de São Paulo na 2ª Região entre à Fepesp (Federação dos Professores do Estado de São Paulo) e o Sieesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de São Paulo – Sindicato Patronal) em que o Ministério Público do Trabalho (MPT) da 2ª Região já estabeleceu protocolos sanitários, fonoaudiológicos e psicológicos para que o retorno aconteça, portanto o Sieesp Sorocaba está avançando sobre uma negociação em que o Sieesp São Paulo está negociando com a Fepesp para o Estado.

Não queremos essa situação para as professoras e para os professores de Sorocaba e região. E as perguntas são muitas: as escolas estão preparadas para essa retomada? Quais são as regras de distanciamento que serão cumpridas? E os professores em grupo de risco? Qual será a proteção das professoras e dos professores? E, principalmente, a escola se responsabilizará por seus funcionários e familiares (pois professor também tem família e pode levar o vírus pra casa)?

Vale ressaltar que após o decreto do município de Sorocaba, o Sinpro-Sorocaba já protocolou no MPT um recurso onde requer que a Procuradoria Regional do Trabalho da 15ª Região trate da questão urgentemente pois é fundamental a análise para a categoria profissional dos professores devido o atual momento de decretação da calamidade em razão da pandemia do Covid-19 e também protocolou recurso no Ministério Público (MP).

ANO LETIVO SE RECUPERA, VIDAS NÃO!

Agora não é hora de voltar à escola!

#EmDefesaDaVida

Do Sinpro-Sorocaba

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