Sinproep-DF: No 1º de maio, Ubec celebra o trabalho exaustivo
Todos os dias, noticiários em todo o país estampam a face mortal da Covid-19, que já vitimou mais de 400 mil pessoas no Brasil. Apesar da tragédia sanitária, a violência do desprezo à vida, à saúde, aos cuidados necessários para não produzir variantes mais graves do vírus é também reproduzida diariamente, colocando uma falsa “salvação da economia” como prioritária até frente à preservação da vida.
Os tempos não têm sido fáceis para os professores de modo geral, em particular, para os professores das escolas privadas. No último sábado (1), a União Brasileira de Educação Católica (Ubec) com intuito de “celebrar” o dia dos trabalhadores e homenagear os professores, enviou ao corpo docente uma mensagem dizendo-se feliz com o compromisso do grupo com a educação por meio de uma imagem que faz alusão a uma professora ministrando aula com o filho no colo.
Na foto, os dois sorriem e, ainda, transcreve-se uma frase de Paulo Freire. Nada poderia estar mais longe do que nos ensinou esse pensador. Quem elaborou a pedagogia do amor jamais endossaria a imagem que “celebra” o sofrimento do trabalho remoto que foi e está sendo para educadoras, entre elas mães. Ministrar aula com o filho no colo não é romântico.
O Sinproep repudia a ampliação exaustiva da jornada de trabalho, porque cortes de pessoal impactaram diretamente o fazer docente e a aprendizagem discente, além do impacto na carga mental sobre educadores, que foi multiplicada em consequência do desmonte de setores responsáveis pelo processo educacional e administrativo na instituição.
O Sinproep tem lutado, incansavelmente, pela vacinação dos professores e o retorno às aulas presenciais, somente após todos os docentes serem vacinados. Reconhecemos na UBEC, a não pressão pela volta ao presencial, mas, exigimos dessa instituição a retomada de sua educação humanista.