Sinproeste: Ato em defesa da Justiça do Trabalho é realizado em Chapecó
Na tarde de hoje (21) a Seção de Santa Catarina da Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD/SC) realizou um Ato em Defesa dos Direitos Sociais e da Justiça do Trabalho, em frente ao edifício sede do Fórum Trabalhista, em Chapecó. Apoiaram o ato diversas associações, entidades de classe, advogados e procuradores do trabalho.
Além de defender a importância da Justiça do Trabalho brasileira, os organizadores também objetivaram esclarecer notícias falsas. Durante o ato, foram comentados cinco fake news divulgadas especialmente em redes sociais:
Dizer que a proteção do direito ao trabalho gera desemprego é falso. Estudos realizados em diversos países mostram que a proteção ao direito do trabalho, além de não resultar em diminuição do número de empregos, ainda assegura uma melhor distribuição de renda à sociedade;
Disseminar que a Justiça do Trabalho é cara também é falso. Somente em 2017, foram R$ 25,5 bilhões pagos a usuários da Justiça do Trabalho, que teve R$ 18 bilhões de custo no mesmo período;
Declarar que não existe Justiça do Trabalho em países desenvolvidos é igualmente falso. Inglaterra, Nova Zelândia, Alemanha, Austrália e Suécia são exemplos de países que têm tribunais especializados em Direito do Trabalho. Na Alemanha, há uma Justiça do Trabalho com plena autonomia e um corpo próprio de magistrados, do 1º grau ao tribunal superior, tal qual no Brasil;
Outra “notícia” falsa disseminada é que há mais juízes do que precisa. O Brasil tem 80 milhões de processos em tramitação e cada juiz brasileiro julga mais de sete casos em cada dia de trabalho. A Justiça do Trabalho, que recebe a maior demanda de processos novos no Judiciário da União, tem o maior índice de produtividade de todos os ramos;
Falar que a Justiça do Trabalho é ideológica é falso. Os juízes da Justiça do Trabalho têm competência, autonomia e independência para atuar em favor do equilíbrio das relações entre capital e trabalho. Das ações trabalhistas julgadas, as reclamações consideradas totalmente procedentes somam apenas 2% do total.
O Sinproeste esteve presente no ato, sendo representado pelo diretor e delegado regional de Chapecó, Sergio Scheffer.