SinproSP: Assembleia do ensino superior recusa contraproposta patronal e diz que é “indecente”

Professoras e professores do ensino superior que participaram da assembleia realizada na quinta-feira, 13 de abril, rejeitaram, por ampla maioria (91%), a contraproposta patronal, apresentada oficialmente pelo Semesp depois de seis rodadas de negociações. No chat e nas falas das e dos docentes, a indignação diante da postura dos empresários da educação, que insistem em “fingir” que a sentença do Tribunal Regional do Trabalho que nos deu vitória em 2022 não existe. Além disso, pretendem pagar agora apenas metade do reajuste de 6,09% de 2023 (terminariam de “acertar” a conta somente em março de 2024, na data-base do próximo período), inventam abonos para “compensar” perdas, não acenam com aumento real e se recusam a discutir questões como o piso salarial e a regulamentação das disciplinas a distância em cursos presenciais, que constam da nossa pauta original. Não por acaso, “vergonhosa e indecente” foram alguns dos adjetivos que apareceram para qualificar essa contraproposta, entendida também, nas manifestações de professoras e professores, como uma provocação patronal.

O SinproSP, junto com a comissão formada pelos sindicatos que fazem parte da Fepesp, que coordena esse processo em nível estadual, voltará à mesa de negociação (duas novas rodadas já estão agendadas para abril) e continuará defendendo as reivindicações que fazem parte da nossa pauta original, aprovada ainda no final do ano passado. “Reafirmaremos os princípios e as posições da categoria”, afirmou Celso Napolitano, presidente do SinproSP e da Fepesp. “É momento de subir a temperatura e aumentar a pressão”, completou. Como tem feito desde o início do ano letivo, a diretoria do Sindicato organizará mais uma rodada de visitas às instituições, avançando e consolidando a mobilização. Quem quiser receber material para distribuir nas salas de professoras e professores pode também entrar em contato pelo e-mail superior@sinprosp.org.br. Uma nova assembleia deve ocorrer entre 04 e 09 de maio.

Eles querem “esquecer”, mas a gente faz questão de lembrar. Não desistimos. E exigimos – o cumprimento da sentença do TRT, reajuste salarial e condições dignas de trabalho. Que o bom barulho da mobilização seja feito e ouvido em todas – e em cada uma – das instituições de ensino superior. Continuamos juntos e juntas nessa jornada.

Veja a contraproposta encaminhada pelo Semesp e as perdas que provocaria para professoras e professores. Os dois documentos foram apresentados pela diretoria do SinproSP na assembleia.

Do SinproSP

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