STF prorroga investigação de Bolsonaro com base na CPI da Covid-19
Apuração contra Bolsonaro foi estendida em 60 dias; Polícia Federal pediu prorrogação e Barroso aguarda relatório para decidir arquivamento
Enquanto o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não assume o cargo e cumpre a promessa de abrir os arquivos colocados em sigilo por Jair Bolsonaro (PL), o Supremo Tribunal Federal (STF) dá continuidade ao trabalho de investigação com base no relatório final da CPI da Covid no Senado.
A apuração visa saber se Bolsonaro fez incitação ao crime ao promover o descumprimento de medidas sanitárias no auge da pandemia.
Com a decisão do ministro do STF, Luís Roberto Barroso, a investigação preliminar foi prorrogada por mais 60 dias e abrange também filhos do presidente, membros do governo e empresários, como Luciano Hang e Carlos Wizard. O grupo é acusado de ter trabalhado em um “gabinete paralelo” para sustentar a utilização de medicamentos sem comprovação científica, como a cloroquina, para combater a pandemia.
O despacho de Barroso estendeu o prazo de investigação da Polícia Federal e negou mais um pedido de arquivamento feito pela Procuradoria-Geral da República (PGR). A decisão sobre arquivar ou não agora fica para daqui 60 dias.
Ao deixar a presidência, Bolsonaro perderá o foro privilegiado e as investigações contra ele serão julgadas pela Justiça comum.