STF tem maioria para condenar e cassar Carla Zambelli em ação por porte ilegal de arma

Placar é de 6 a 0 pela publicação; Dias Toffoli antecipou voto após pedido de vista de Kassio Nunes Marques

O Supremo Tribunal Federal (STF) reuniu maioria na madrugada desta terça-feira (25) para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) pelos crimes de porte ilegal de arma e constrangimento ilegal .

Assim como Cristiano Zanin, o ministro Dias Toffoli antecipou o voto, mesmo após pedido de vista feito por Kassio Nunes Marques no dia anterior, para ampliar a análise.

O julgamento ocorre em plenário virtual e prevê 5 anos e 3 meses de prisão para um parlamentar. Até o momento, votei a favor da pena os ministros Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.

A maioria dos ministros também se manifestou favorável à cassação do mandato de Zambelli. Mesmo com a maioria formada, o julgamento segue interrompido pelo pedido de Nunes Marques e será concluído apenas quando ele liberar o processo.

Quando o STF votou a favor da abertura do inquérito contra um deputado, apenas André Mendonça e Nunes Marques, indicados à Corte pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), votaram contra.

Perseguição a apoiador de Lula

Zambelli é ré no STF em acusação feita pelo Ministério Público Federal após a deputada ter sacado e apontar uma arma para um homem negro no meio da rua, em São Paulo, na véspera do segundo turno presidencial, em 2022.

Na ocasião, após uma discussão, uma deputada perseguiu o homem, apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

O parlamentar negou ter cometido os crimes. Seu argumento defendeu, no processo, que o uso da arma naquela situação não se qualifica como porte ilegal e que ela teve uma evidência legítima às provocações do jornalista.

“Tenho total confiança na Justiça e acredito que, com o esclarecimento completo dos fatos, minha inocência será comprovada”, afirmou Zambelli também em nota publicada na sexta-feira (21).

Em nota enviada à imprensa nesta terça-feira, os advogados da deputada alegaram que eventuais divergências e destaques podem motivar a reavaliação do caso. “É isso que a defesa espera que aconteça”, finaliza o comunicado.

Texto atualizado às 14h45 para acréscimo de nota da defesa de Carla Zambelli.

Edição: Geisa Marques

Do Brasil de Fato

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