Universidades federais reafirmam protagonismo científico no combate à crise climática

Contee defende educação pública e ciência como pilares da justiça ambiental e social no Brasil

Três universidades federais brasileiras, vinculadas ao Ministério da Educação (MEC), acabam de ser reconhecidas por sua atuação de excelência em pesquisas voltadas à emergência climática, uma das maiores ameaças enfrentadas pela humanidade neste século. A Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) tiveram docentes premiados na edição 2025 do Prêmio Fundação Bunge, uma das mais tradicionais homenagens científicas do país.

Neste ano, o prêmio destacou pesquisas com foco em “Gestão do risco climático na produção de alimentos” e “Saberes e práticas dos povos tradicionais e sua importância para a conservação dos recursos naturais”.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) celebra essa conquista e reforça a centralidade da educação pública superior como motor de transformação social, inclusão, desenvolvimento científico e defesa do meio ambiente. “O reconhecimento de pesquisadores e pesquisadoras das universidades federais é mais uma comprovação do papel estratégico que essas instituições desempenham para o futuro do Brasil. Não há enfrentamento eficaz da crise climática sem ciência, e não há ciência de interesse público sem universidade pública forte e valorizada”, destaca a entidade.

O prêmio deste ano, mais uma vez, evidencia a potência da ciência produzida por instituições públicas e em sintonia com os desafios do povo brasileiro. Entre os homenageados estão Elizângela Santos, da UFVJM, que pesquisa soluções para a agricultura diante das mudanças climáticas; Ygor Ramos, docente quilombola da UFBA, cujo trabalho valoriza os saberes tradicionais na preservação ambiental; e Thieres Silva, da UFRPE, especialista em agrometeorologia. A premiação também homenageou o educador indígena Dzoodzo Baniwa, reconhecido por sua contribuição à valorização dos conhecimentos ancestrais amazônicos.

Sobre o Prêmio Fundação Bunge

Criado em 1955 e completando 70 anos em 2025, o Prêmio Fundação Bunge tem como objetivo impulsionar a inovação científica e a difusão do conhecimento no Brasil. Inspirado no modelo do Prêmio Nobel, adota um processo de seleção rigoroso: os indicados não se inscrevem diretamente, mas são sugeridos por instituições acadêmicas e científicas de renome. Uma comissão técnica independente avalia as candidaturas com base nos temas definidos a cada edição. Os premiados são escolhidos em duas categorias principais: “Vida e Obra”, que reconhece trajetórias consolidadas, e “Juventude”, voltada a jovens pesquisadores. Ao longo de sua história, a premiação tem revelado e valorizado talentos majoritariamente oriundos das universidades públicas, com destaque especial para as instituições federais.

A Contee reafirma seu compromisso com a valorização das instituições públicas de ensino e com a defesa de políticas educacionais que fortaleçam o tripé ensino-pesquisa-extensão. A Confederação também ressalta a urgência de políticas públicas que combatam a devastação ambiental, promovam a justiça climática e incluam os saberes tradicionais e populares no debate sobre o futuro do planeta.

Com informações do Portal do MEC

Por Romênia Mariani

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo
666filmizle.xyz