Vacinação de todos é fundamental para combater covid-19 nas escolas
Todos os professores e estudantes devem ser vacinados para reduzir internações e óbitos por covid-19, alertaram os participantes da audiência pública promovida nesta segunda-feira, 29, pela Subcomissão Temporária, do Senado, para Acompanhamento da Educação na Pandemia.
A Contee considera fundamental, para a retomada integral das aulas presenciais nas escolas, além da vacinação de todos os trabalhadores em estabelecimentos de ensino, que sejam obedecidos os protocolos de segurança sanitária para evitar uma nova onda da Covid-19, conforme apontou em nota divulgada dia 18 de novembro (veja aqui)
Na audiência também foi manifestada preocupação com a fome que afetou crianças durante a crise sanitária e com a necessidade de políticas para o fortalecimento das relações entre escola e família. O presidente da subcomissão, senador Flávio Arns (Podemos-PR), pediu aos debatedores que apontem necessidades locais, a fim de que as emendas de bancadas federais sejam mais bem direcionadas. “Em muitas escolas, a gente precisa ter cuidados inclusive de vigilância sanitária, já que muitas não têm sequer água potável ou banheiros”, afirmou.
Crise sanitária persiste
Segundo a secretária da Educação do Estado de Goiás, Fátima Gavioli, que representou o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), é importante convencer todos os envolvidos na educação a receberem a imunização contra a covid-19: “a vacina é o que há de mais concreto resultado da ciência”.
Ela alertou que muitos professores se recusam a tomar a vacina, por questões diversas, e que alunos com idades entre 12 a 18 anos ainda não receberam nenhuma dose do imunizante. No mesmo sentido, em recente debate, o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis, afirmou que “ninguém tem o direito, ao não querer se vacinar, de contaminar os outros”. Para os debatedores, não se pode falar em cenários pós-pandemia no Brasil porque a crise sanitária não terminou.
Combate à fome
Gavioli também pediu que o governo federal “olhe para a alimentação infantil. O que um gestor mais precisa para desempenhar um trabalho bem feito é receber apoio do Poder Executivo também nessa questão primordial, que é a alimentação. Espero ser ouvida ao dizer que os meninos estão passando fome porque o dinheiro remetido aos estados é insuficiente”.
O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Luiz Martins Garcia, defendeu medidas como a garantia do direito à educação, o acolhimento do poder público à comunidade escolar e o fortalecimento das relações entre professores e alunos. “Também é importante garantir recursos extraorçamentários, principalmente a partir de agora. Nós precisamos urgentemente de um programa de valorização sustentável do professor e de um programa de formação complementar”, sinalizou.
Carlos Pompe com Agência Senado