Jornada digna, remuneração justa e direito ao descanso

Recentemente, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou pesquisa, compartilhada pelo Portal da Contee, sobre a desvalorização dos professores e professoras brasileiros. Segundo o levantamento, os docentes do país estão entre os que mais trabalham no mundo, sendo que, só em sala de aula, a jornada no Brasil gira em torno de 25 horas semanais contra 19 horas na média dos países entrevistados.

Não se trata de uma realidade restrita à rede pública. Pelo contrário. No setor privado, conforme já denunciado diversas vezes pela Contee e por suas entidades filiadas, os professores e professoras convivem cada vez mais com jornadas exaustivas necessárias para a complementação salarial – uma vez que a maior parte da categoria trabalha como horista – e com o acúmulo de atividades extraclasse, muitas vezes não remuneradas e que sugam o tempo que deveria ser destinado ao lazer e ao descanso, contribuindo ainda pelo aumento das taxas de adoecimento entre os educadores e educadoras.

A situação é tão grave que, no ano passado, a Contee e as entidades filiadas lançaram a campanha do Domingo de Greve, uma forma “irônica” de denunciar o quanto os docentes, além de suas dezenas de horas-aula, sofrem com o excesso de trabalho a ser feito fora da classe. O Domingo de Greve foi realizado em outubro do ano passado, mas a luta em defesa de uma jornada de trabalho digna, uma remuneração justa e do direito ao descanso continuam sendo prioridades da Confederação e das entidades filiadas, diariamente.

Da redação

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