Centrais convocam paralisação para o dia 11 de julho: união entre a voz das ruas e a pauta dos trabalhadores

Num momento histórico para o país, uma decisão também histórica para os trabalhadores: hoje (25), as oito centrais sindicais brasileiras – CTB, CUT, UGT, CSB, NCST, CGTB, CSP-Conlutas e Força Sindical – anunciaram a realização conjunta de uma série de paralisações no dia 11 de julho com o intuito de pressionar o governo e o empresariado a aprovar as reivindicações trabalhistas. A posição das centrais será levada amanhã (26) à presidenta Dilma Rousseff, que receberá os dirigentes sindicais em Brasília.

A data da paralisação foi definida como Dia Nacional de Lutas com Greves e Mobilizações, a partir do lema “Pelas liberdades democráticas e pelos direitos dos trabalhadores”. Também foram determinadas nove bandeiras gerais, consideradas fundamentais na atual conjuntura de reivindicações populares no Brasil e as quais, além de incorporar as manifestações das ruas, mostrando o apoio do movimento sindical às mobilizações legítimas da sociedade, representam a luta democrática pelos direitos trabalhistas:

– fim do fator previdenciário;

– 10% do PIB para a saúde;

– 10% do PIB para a Educação;

– redução da jornada de trabalho para 40h semanais, sem redução de salários;

– valorização das aposentadorias;

– transporte público e de qualidade;

– reforma agrária;

– mudanças nos leilões de petróleo;

– rechaço ao PL 4330, sobre terceirização.

Essa lista será entregue nesta quarta-feira à presidenta Dilma. Depois desse encontro, as centrais voltarão a se reunir para definir os detalhes das paralisações no dia 11 de julho, incluindo a regionalização dos atos, para afetar, ainda que por algumas horas, todos os principais centros produtivos do país.

Para o secretário-geral da CTB, Pascoal Carneiro, esta é uma demonstração da capacidade de articulação dos trabalhadores e do movimento sindical, contribuindo e dando um rumo progressista à mobilização das ruas. O presidente da CUT, Vagner Freitas, também defendeu a unidade e o diálogo com a sociedade, a fim de unir as reivindicações das ruas à pauta dos trabalhadores e impulsionar conquistas.

Da redação, com informações da CTB e da CUT

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