Notícias do NPC
Olá a todas e a todos.
A página oficial do NPC no Facebook é https://www.facebook.com/npcinstitucional
Aos que se dispuserem a seguir nossas notícias e enviar suas notícias para que nós possamos divulgá-las, agradecemos. Nosso contato para a rede de notícias é claudiasantiago1962@gmail.com. |
Charge de Semana
se
De Olho Na Mídia
[Por Rosângela Ribeiro Gil – texto publicado originalmente no site do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo] João Vicente Goulart, filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, deposto pelos militares em 1964, em entrevista coletiva à imprensa, no dia 11 último, em São Paulo, defendeu a realização de duas grandes reformas nacionais: a política e a dos meios de comunicação. “Não é possível que 11 famílias controlem a mídia num país com 200 milhões de pessoas”, criticou e defendeu seguir o exemplo da Argentina, que discutiu durante anos a nova “Ley de Medios”, que estabeleceu regras mais democráticas, menos comerciais e monopolizantes na imprensa local. Da mesma forma, ele imagina termos um parlamento renovado e mais representativo das forças populares da sociedade brasileira, “não é possível mantermos regras que beneficiam o poder econômico e empresarial no processo eleitoral”. Saiba mais.
|
A Comunicação que queremos
Trecho do capítulo 7 do novo livro de Vito Giannotti, COMUNICAÇÃO DOS TRABALHADORES E HEGEMONIA, sobre a pauta de jornais, revistas e boletins eletrônicos:
“Precisamos falar ao coração dos nossos desejados leitores e leitoras. Falar dos assuntos que os/as preocupam, que eles/elas precisam saber. Falar da vida, dos medos das pessoas normais, de suas esperanças, de seus sonhos. Um jornal sindical que não fala da violência que assusta todo brasileiro, que não fala da saúde que é um caso de genocídio, do emprego, é um jornal que vive na lua. Mas há muitos outros temas que o nosso leitor precisaria encontrar nas páginas do nosso jornal para se dispor a folheá-lo. Vejamos. Nosso jornal fala da escola que ele frequenta ou o filho dele? Fala de educação de filhos ou das dificuldades de um coitado de vô com os netos? Fala das drogas e dos problemas a ela relacionados, do tráfico até os efeitos sobre a saúde? Fala de amor? Namoro, sexo, enfim, da vida toda? Leia mais. |
Democratização da Comunicação
[Por Claudia Santiago-NPC – 16.04.2014] Governo quer transformar a proposta de Marco Civil da Internet (PLC 21/2014) em lei antes da conferência NETmundial, que será realizada em São Paulo nos dias 23 e 24 de abril. No momento, o texto tramita em quatro comissões no Senado: Ciência e Tecnologia, Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Constituição, e Justiça e Cidadania (CCJ). O Marco Civil estabelece princípios, garantias, direitos e deveres para o uso da Internet no país.
Um dos pontos-chaves é o que trata da neutralidade de rede, ou seja, a regra que definirá se as empresas poderão de telecomunicações poderão, ou não, cobrar preços diferenciados para acesso à Internet. Traduzindo: quem paga mais, navega mais rápido e vai mais longe. Quem paga menos, pode até ficar ser acesso a redes sociais. Neste caso, terá de se contentar com o velho e-mail. Há ainda outros pontos polêmicos, como a possibilidade de remoção de conteúdo sem ordem judicial e a privacidade de dados. Experimente colocar no google a expressão “dores lombares”. Não se espante se, em seguida, começar a receber propaganda de clínicas especializadas em tratamento da coluna. Pode ser ainda pior, alerta o relator do projeto, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ). É o caso de alguém ser recusado em um emprego por suspeita de ter alguma enfermidade sobre a qual um dia, fez pesquisa no google.
Em princípio, as entidade e movimentos que querem a democratização dos meios de comunicação comemoram o texto aprovado no Congresso e que tem o apoio da presidenta Dilma Rouseff. A preocupação se dá quando se pensa que essa lei terá de ser regulamentada. Pode estar aí o pulo do gato das empresas de telecomunicação. |
Proposta de Pauta
[Por Vito Giannotti-NPC- 21.04.2014] Segundo o governo mexicano, a taxa de pobreza continua a mesma de 20 anos atrás, quando no ano de 1994 foi criado o NAFTA. Esta, no México era de 45,1% e hoje está em 37,1%. Mas, enquanto isso, na América Latina, a pobreza diminuiu de 46% para 26%. O desemprego quase dobrou, passou de 3,1 para 5%. No campo, “4,9 milhões de agricultores familiares foram varridos para fora de suas pequenas propriedades.Desprovidos de seus meios de vida e da tradição sociocultural ligada ao cultivo de várias especies de milho, feijão e abobora, restou a esses indivíduos disputar trabalho temporário nas agroindustrias voltadas para a exportação. Mas esse setor absorveu só 3 milhões deles em ocupações sazonais e 1,9 MILHÕES RESTANTES VIRAM-SE OBRIGADOS A MIGRAR PARA AS CIDADES EM BUSCA DE EMPREGOS, em geral de baixa qualidade, bicos ou tentar a sorte nos Estados Unidos.” ESTE É O RESULTADO DO NAFTA QUE QUERIAM IMPLANTAR NO BRASIL com o nome de ALCA. (Com informações extraídas de Carta Capital, de 22/4/14)
|
De olho no mundo
No início de abril, a agência de notícias Associated Press fez a mais recente revelação envolvendo ações dos EUA para promover o dissenso em Cuba. A ferramenta, chamada de ZunZuneo, é uma espécie de Twitter que disparava mensagens de celular (SMSs). Chegou a ser utilizada por cerca de 40 mil cubanos. Na aparência, visava promover a troca de notícias sobre esportes, música e clima. Mas tinha como objetivo original atacar a credibilidade do regime, instigando uma “primavera cubana” . Foi criado pela Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), organização supostamente voltada para ajuda humanitária. Era, contudo, apresentado como plataforma privada, isenta de vínculos com Estados. Saiba mais.
|
Memória
[Por Guilherme Freitas/ O Globo] Em novembro de 2012, foi criado um grupo de trabalho da Comissão Nacional da Verdade (CNV) para investigar violações de direitos humanos sofridas por índios e camponeses. Desde então, a psicanalista Maria Rita Kehl, integrante da CNV e coordenadora do grupo, visitou povos indígenas no Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sul do país. Os depoimentos e relatórios colhidos até agora compõem um painel de abusos sistemáticos cometidos ao longo do período analisado pela comissão (1946 a 1988), em especial durante a ditadura. Inúmeras mortes foram causadas por obras do governo em terras indígenas (como a construção de estradas na Amazônia), sem estudo nem aviso prévio. Frentes de contato despreparadas levaram doenças a tribos isoladas. Há ainda denúncias de trabalho escravo, trabalho infantil, torturas e prisões irregulares. Em entrevista por telefone, Maria Rita Kehl diz que a situação dos índios hoje é “muito parecida” com a do período da ditadura: “Em todas as audiências públicas surgem também denúncias atuais”. Leia a entrevista completa.
|
Imagens da Vida
Ação conjunta da Polícia Militar e da Guarda Municipal, no dia 11 de abril, retirou as famílias que ocupam o antigo prédio da TELERJ, no bairro Engenho Novo, Rio de Janeiro. Moradores expulsos fizeram relatos de tiros e bombas contra eles, além de verem o sonho de moradia caindo por terra. FOTO: Mídia Ninja
Pérolas
“O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, as diferentes músicas da vida, suas dores e cores: as mil e uma maneiras de viver e de falar, crer e criar, comer, trabalhar, dançar, brincar, amar, sofrer e festejar, que temos descoberto ao longo de milhares e milhares de anos”.
Trecho do livo De pernas pro ar: a escola do mundo ao avesso (L&PM) |
Dicas
Rózà é um espetáculo construído a partir das cartas de Rosa Luxemburgo escritas, em sua maioria, nas prisões alemãs do início do século 20. Judia nascida na Polônia, a mulher que inspira a peça foi ao mesmo tempo dirigente revolucionária, ótima oradora e mulher apaixonada. Rosa foi brutalmente assassinada em 1919, pouco dias após deixar a prisão e assumir a linha de frente da revolução alemã. Suas cartas são interpretadas por três atrizes diferentes e trazidas ao público por meio da palavra, do vídeo, do canto e da música. Mas as referências não ficam presas ao passado: sua mensagem é atualizada e usada para refletir sobre questões do presente. O público é convidado a acompanhar a trajetória desta grande personagem, compartilhando suas caminhadas e lutas até a sua prisão e morte.
Rózà fica em cartaz de 18/4 a 11/5 em São Paulo, na Casa do Povo: Rua Três Rios, 252, Bom Retiro. De sexta a domingo, às 21h. Saiba mais sobre o espetáculo em http://rozaespetaculo.tumblr.com/
|
|