6 de maio de 2014
Notícias do NPC
Na noite de quinta-feira, 24 de abril, o NPC promoveu mais uma aula do curso de formação de comunicadores populares. O tema foi REDAÇÃO. No sábado, 26 de abril, foi a vez de a turma visitar o Morro da Providência, no Centro do Rio. Eles conheceram o Mercado Popular, viram uma casa construída no século XIX e outras demolidas no processo de remoção. Também foram até o teleférico, conversaram com moradores e refletiram sobre o termo “favela”, que tem origem na Guerra de Canudos. Um dos momentos marcantes da aula foi a visita à rádio-web “Resgatando Vidas”, que funciona na casa do pastor Marcos Antonio Pereira, que também é aluno do curso do NPC.
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Notícias do NPC
Na quinta-feira, 24 de abril, recebemos a médica Iná Meireles para mais uma edição das Quintas Resistentes, projeto da TV-NPC que transmite ao vivo, pela internet, entrevistas com militantes que participaram da resistência à ditadura. Presa em 1969, Iná foi integrante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR8). Ela falou sobre sua história de vida e militância por duas horas com a jornalista Claudia Santiago. A próxima edição da série Quintas Resistentes será dia 8 de maio, às 19h, com Benedito Santos, ex-presidente do Sindicato dos Operários Navais do Estado do Rio de Janeiro. Logo após o golpe de 1964, ele foi preso no estádio Caio Martins, em Niterói. | Continue lendo.
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Charge de Semana
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Radiografia da Comunicação Sindical
Segue mais um trecho do livro Comunicação dos Trabalhadores e Hegemonia. O material está sendo escrito pelo coordenador do NPC, Vito Giannotti, e será lançado em agosto.
“Trataremos, a seguir, num capítulo à parte, da tragédia que é a linguagem típica de sindicatos, partidos, movimentos de esquerda, ONGs que produzem comunicação para o povo, para os trabalhadores, aqui no nosso Brasil real. Tragédia porque simplesmente, em muitos casos, esta comunicação chega falada ou escrita numa língua estrangeira, árabe, ou chinês, ou turco, ou suahili. O primeiro passo para uma comunicação que comunique é que esta seja escrita na língua do público-alvo, do leitor e da leitora comum e não numa língua estrangeira seja ela inglesa, chinesa ou japonesa, ou da Chechenia, Tanzânia ou de Sumatra”. |
De Olho Na Mídia
[Por Vito Giannotti] TRISTE CONSTATAÇÃO ÀS VÉSPERAS DO 1º DE MAIO: OS PROCESSOS POR ASSEDIO MORAL MULTIPLICAM-SE A PONTO DE CARACTERIZAR UMA EPIDEMIA. CHAMAM ISSO DE “PRECARIZAÇÃO”.
Esta é a manchete e o subtítulo de uma belíssima reportagem da CARTA CAPITAL da semana de 30 de abril. A jornalista Cynara Menezes dá uma senhora aula de como se faz uma REPORTAGEM. Dá a palavra a dezenas de entrevistados. Os famosos “dois lados” Ela deixa falar trabalhadoras atingidas por esta praga e dá a palavra às empresas que estão sendo processadas. Falam os sindicalistas e falam os executivos.
Mas há muito mais lições. Uma delas é a abertura da matéria. Começa citando um velho marxista, meio anarquista de mais de 100 anos atrás, Paul Lafargue que nos fala da situação das mulheres operárias em 1900. LIÇÃO1: quem já citou Lafargue/ Quem leu? Nossa mídia não pode ser rasteira. LIÇÃO 2: politizar, sem medo de exprimir sua opinião. Cynara termina com esta mensagem para um 1º de Maio de verdade: “Para quem está do lado dos trabalhadores, oficializar o fim da jornada fixa de 8 horas, o que ocorre na prática em muitas empresas, seria como jogar 200 anos de lutas pelo ralo e voltar de vez aos tempos da pré-Revolução Industrial. Nesta lição 2ª há várias outras embutidas como, independência e autonomia frente a qualquer governo, central ou partido que quis transformar o 1º de Maio num sorteio, num comício, numa grande mentira, uma grande palhaçada. A LIÇÃO 3, Falar o que precisa falar… doa a quem doer. Valeu Cynara! |
Democratização da Comunicação
[Por Sérgio Domingues- 27.04.2014] “A internet se tornou o maior gerador de monopólio econômico que se conheceu, em qualquer sistema econômico”, disse o professor da Universidade de Illinois, Robert McChestey, em entrevista ao site da Alainet, publicada em 15/04/2014. Para ele, na rede mundial de computadores “não existe uma ‘classe média’ de 20 ou 30 empresas que competem em uma determinada área. De modo geral, há uma empresa que domina, com talvez uma ou duas mais que têm uma fatia do mercado. McChestey está falando de gigantes como Google, Microsoft, Apple, Amazon e Facebook. Não por acaso, sediados nos Estados Unidos. Longe de ser uma variedade criativa e livre do capitalismo, a internete é mais uma faceta da concentração de poder pelos monopólios. Sem falar no controle para fins políticos e militares.
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Democratização da Comunicação
Foi lançado em abril o boletim eletrônico mensal do Observatório Latino-americano de Regulação, Meios e Convergência (Observacom). O observatório é uma iniciativa de pesquisadores e especialistas em comunicação que monitoram o desenvolvimento de marcos regulatórios e de políticas públicas na área de comunicação na América Latina. Eles também avaliam o impacto destas iniciativas na promoção da liberdade de expressão e do pluralismo. O banco de dados do observatório reúne informações de 16 países da região, entre eles Brasil, Argentina, Uruguai, México e Equador. É possível saber o que diz a Constituição de cada país diz sobre comunicação, quais as principais leis, decretos e outras normas que regem o setor. Também é possível acompanhar um clipping de notícias sobre o assunto publicadas nos veículos de cada país. O Observacom divulga, ainda, uma agenda com eventos que têm como tema central a comunicação e disponibiliza documentos e pesquisas internacionais sobre o assunto. É um prato cheio para sabermos como nossos vizinhos estão tratando o tema da comunicação e conhecer iniciativas que buscam democratizar o setor. Conheça o observatório e saiba como se receber o boletim com as novidades na área de regulação, mídia e convergência.
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De Olho Na Vida
Morreu na noite desta sexta-feira (2/5) o bispo emérito de Goiás, Dom Tomás Balduíno. Nascido Paulo Balduíno de Souza Décio, adotou o nome Tomás ao entrar para a Ordem Dominicana. Foi nomeado bispo prelado de Conceição do Araguaia (PA) em 1965, onde começou um trabalho com índios e camponeses, em 1967 foi nomeado Bispo de Goiás (GO). Na Diocese, implementou um modelo novo de igreja, aberta ao povo, engajada nas lutas sociais e de posição firme contra a Ditadura Militar e o latifúndio. Dom Tomás foi personagem fundamental no processo de criação do Conselho Indigenista Missionário (CIMI), em 1972, e da Comissão Pastoral da Terra (CPT), em 1975. A Assembleia Geral da CPT, em 2005, o nomeou Conselheiro Permanente. Tanto o CIMI quanto a CPT foram espaços de apoio e assessoria dos movimentos populares do campo. Sua luta na defesa dos Direitos Humanos, pela Reforma Agrária e justiça no campo, pelos povos indígenas e por uma igreja progressista inspira as lutas que travamos, e é semente que deu e dará muitos frutos. É nosso solidário mestre da vida. “Direitos Humanos não se pede de joelhos, exige-se de pé” – Dom Tomás Balduíno
-> Dom Tomás estava internado no hospital neurológico de Goiânia, sofrendo complicações decorrentes de um câncer e problemas coronários. Morreu de Embolia Pulmonar as 23:30h. Seu exemplo continuará nos guiando na luta por justiça social.
[Texto de José Gomes Neto, jovem residente na cidade de Goiás que conviveu os últimos anos com Dom Tomás nos movimentos sociais]. |
Artigos
Nos dias 16, 17 e 18 de maio, em São Paulo, são aguardados cerca de 500 pessoas de todo o país para participar do 4º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais. Na sexta-feira, 16 de maio, seis conferencistas internacionais discutirão mídia, poder e América Latina, seguido de um debate sobre a luta pela democratização da mídia no Brasil. No dia 17 as atividades iniciam com uma discussão sobre a juventude e a força das novas mídias e será seguido das desconferências, em que serão formados grupos de debates. Nesses grupos, o debate será iniciado por ativistas convidados e todos os participantes terão vez e voz para relatar suas experiências e participar dos debates. Após as desconferências, os grupos voltam a se reunir para discutir a mídia e as eleições de 2014 e, na sequência, haverá uma festa de confraternização. No domingo, 18 de maio, os debates serão sobre a Carta de São Paulo e ações do movimento. O evento será realizado no Hotel Braston (Rua Martins Fontes, 330 – Centro)| Continue lendo.
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A Comunicação que queremos
[Por Sheila Jacob – 2.05.2014] Em 2004, o curso de jornalismo da Universidade Federal Fluminense (UFF) viu nascer o projeto de extensão Afasta de Mim este Cale-se. O objetivo era recuperar histórias do tempo da ditadura civil-militar para refletir sobre as violações de direitos humanos no passado do país e também no presente. Foi lançado durante a disciplina “Técnicas de Redação”, ministrada por João Batista de Abreu. Na ocasião, a imprensa divulgou supostas fotos de torturas sofridas pelo jornalista Vladimir Herzog, da TV Cultura, morto pela ditadura. Com a repercussão das imagens, o professor sugeriu aos alunos a produção de reportagens sobre como cada entrevistado vivenciou a época de repressão militar. O objetivo principal era dar “voz aos anônimos” e divulgar dramas de pessoas comuns que também sofreram naquele período. O projeto ficou um tempo estagnado, mas em 2012, através do programa Jovens Talentos para Ciência, da Capes, Rebeca e João Pedro Soares tornaram-se novos bolsistas. Agora segue com Janaína Medeiros. | Continue lendo.
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Imagens da Vida
A mãe de DG, Maria de Fátima Silva, vai denunciar o assassinato de seu filho à Anistia Internacional. Foto: Coletivo vinhetando
Dicas
Está em cartaz, em vários cinemas do país, o filme Hoje eu quero voltar sozinho. Dirigido por Daniel Ribeiro, o longa brasileiro conta a história de Leonardo, um adolescente que precisa lidar com os dramas típicos de sua idade, como a ansiedade do primeiro beijo, a relação com os pais e com os amigos da escola… e com o fato de ser cego. Ele tem uma melhor amiga, Giovana, e se apaixona por um aluno novo de sua turma, chamado Gabriel. Os três desenvolvem uma bela amizade e criam relações de cumplicidade e afeto que contagiam os espectadores. É um filme feito de delicadeza ao tratar da descoberta dos desejos, neste caso por alguém do mesmo sexo. Mas poderia não ser. Uma das grandes belezas do filme é tratar com naturalidade e quase como pano de fundo a temática homossexual. Vale assistir mais essa bela produção do cinema nacional.
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Edição 268
Para jornalistas, dirigentes, militantes
e assessores sindicais e dos Movimentos Sociais
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