CTB Jovem e Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) apresentam plataforma para as eleições 2020
Por Railídia Carvalho
Pacto da Juventude 2020: Educação, Trabalho e Desigualdades é o nome do documento elaborado pela CTB Jovem e Centro de Estudos e Memória da Juventude (CEMJ) que aponta propostas para a juventude brasileira. Contribuição para as eleições municipais deste ano, o documento quer fortalecer o debate e oferecer subsídios em torno de políticas públicas para este segmento da população.
“O documento está focado nos eixos Educação, Trabalho e Desigualdades por acreditarmos que estes são tópicos centrais na compreensão das mazelas que atingem a juventude brasileira. Ao mesmo tempo, tratamos de temas de suma relevância para a juventude e que são transversais a estes eixos como participação social, mobilidade, acesso à cidade, saúde, direito à vida digna, bem como o enfrentamento à discriminação de gênero, a intolerância, o racismo, o capacitismo e a LGBTfobia”, diz trecho da apresentação da plataforma.
Na opinião de Luiza Bezerra, secretária nacional da CTB Jovem, o tema emprego é central na vida da juventude. Ela ressaltou análises que apontam para um final de ano com 40% da juventude brasileira desempregada. “Além disso, boa parte da juventude que está trabalhando hoje atua em postos precários, sem direitos, com muitas horas de jornada. Isso faz com que a juventude não tenha tempo para os estudos, para a família e amigos, para o lazer, piorando sua qualidade de vida”.
A dirigente criticou o governo de Jair Bolsonaro, que não investe em políticas de emprego e renda e alimenta a precarização das relações de trabalho. “O governo federal tem sido incompetente neste quesito e é por isso que os municípios podem e devem pensar como gerar emprego e renda através de políticas públicas municipais, em especial entre a juventude”, completou.
Luiza reforçou o objetivo do Pacto da Juventude 2020 que é estimular o debate em torno das políticas públicas e também orientar os mandatos que estarão nas prefeituras e nos legislativos no próximo ano. A sindicalista espera que as candidaturas jovens sejam expressivas.
“Acredito que uma forma de incentivar a participação da juventude é justamente apresentando candidaturas jovens e que pautem a questão de políticas pra juventude. Iniciativas que mostrem que a política pode fazer diferença nas suas vidas e que é importante participar para disputar que projetos estarão à frente de cada município”, opinou Luiza.
